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Cidades/Geral
Quarta - 08 de Julho de 2009 às 13:46
Por: Lucélia Andrade

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O trânsito de Tangará da Serra é um assunto polêmico que divide opiniões. De um lado, motoristas que trafegam em alta velocidade, não respeitam placas de sinalização, causando acidentes.

Do outro, pedestres e ciclistas que abusam da preferência na faixa, indo contra o que determina o Código de Trânsito Brasileiro. Porém, a implantação de um novo sistema de trânsito não agrada parte da população. As faixas elevadas, a mudança no sentido das ruas e as rotatórias são assuntos que ainda geram muitas discussões.

De acordo com o empresário, Pedro Galli, as faixas elevadas não trazem segurança para os pedestres como aparenta. Segundo ele, por Tangará ser uma cidade polo, muitas pessoas vem do interior e não conhecem o trânsito daqui. “As faixas elevadas na verdade são um obstáculo para passagem de motoristas. Acredito que ela não está no tamanho padrão”, observa o empresário, frisando ainda que ela poderá contribuir para mais acidentes.

A educação no trânsito, tanto para motoristas quanto pedestres, na avaliação do empresário, seria uma das ´ferramentas´ essenciais que diminuiriam o número de acidentes. “O pedestre se sente em uma passarela de desfile quando passa na faixa. Não respeita as leis de trânsito”, desabafa.

Uma sugestão do empresário seria a construção de faixas suspensas, que não atrapalharia e traria uma maior segurança no trânsito.

O empresário ressalta ainda que a Guarda Municipal teria que ser mais atuante no trânsito. Além disso, placas indicando a sinalização adequada teriam que ser instaladas.

Uma outra deficiência relacionada ao trânsito e conforme Galli, são as rotatórias que possuem um tamanho fora do normal. “Deveriam diminuir os círculos das rotatórias. É um exagero o tamanho que foram construídas”, acrescenta.

A proprietária de um Centro de Formação de Condutores de Tangará da Serra, Vera Lucy Ramos Segatto, diz que mesmo com o novo projeto de trânsito, o que deve haver antes de mais nada, é a educação do pedestre e dos motoristas.

Os problemas, segundo ela, não seriam solucionados com a implantação de faixas elevadas, por exemplo. “O pedestre que desrespeita as leis de trânsito tem que ser punido também como prevê o Código de Trânsito Brasileiro”, comenta.

De acordo com ela, o pedestre hoje não observa a velocidade dos carros nem presta atenção ao atravessar a rua. O resultado é sempre acidentes. “Teria que haver um semáforo em cima da faixa do pedestre. Não sei porque ainda não instalaram”, fala. Vera declara que solicitou uma cópia do projeto do trânsito e participou apenas de uma audiência relacionada ao assunto, mas nunca mais foi chamada.

Cidades do século XXI

Andando por esse nosso país, se vê cidades grandes e médias modernizando-se com praças arborizadas e muito bem ajardinadas, com vários tipos de flores coloridas. Avenidas também arborizadas com plantas ornamentais. Cidades que estão substituindo os quebra-molas por lombadas eletrônicas, um dispositivo que não causa danos aos veículos, mas, ao bolso do proprietário. Nossa Tangará da Serra está na contra mão da modernidade, voltada no século XIX. Uma cidade em que há lixo por todos os lados. Somente as avenidas são varridas. As praças são pouco arborizadas e deixou-se morrer todas as plantas ornamentais que davam um brilho à cidade. As avenidas estão bem arborizadas, mas em compensação arranca-se as flores e planta-se grama. Constrói-se quebra-molas a torto e a direito, sendo que este dispositivo é proibido por lei. Só é permitido em frente de escolas e hospitais, porém, dentro do padrão oficial, sendo MINIMO dois metros e dez centímetros de largura e no MÁXIMO dez centímetros de altura e com entrada e saída bem suave. Aquilo que foi feito perto dos bombeiros e em frente a Igreja Matriz é o absurdo dos absurdos. Gostaria de saber de onde foi copiado esse modelo, porque conheço 22 estados e centenas de cidades e nunca vi tais absurdos.





Fonte: Diário da Serra

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