Hanseníase ainda preocupa no Estado
Também receberam orientações da Fiocruz os profissionais da rede de saúde pública que atuam com hanseníase. O abandono do tratamento é ainda maior em se tratando dessa doença que ainda desperta muito preconceito na sociedade. Também está ligada, principalmente, às populações mais carentes.
Neste caso, não haverá mudança na linha dos medicamentos utilizados, mas é importante melhorar o índice de cura, que oscilou entre 62%, em 2007, e 82%, no ano passado. As desistências no tratamento variaram entre 54% e 6% no mesmo período. Os pacientes reclamam dos efeitos colaterais.
No ano passado, foram descobertos e tratados 2,659 mil casos novos em Mato Grosso, sendo 163 crianças, o que indica a alta incidência ar do bacilo de Hansen (mycobacterium leprae). Em 2007, o número foi ainda maior, 3,008 mil casos foram diagnosticados pela primeira vez.
A diminuição dos casos não é necessariamente comemorada, pois pode esconder a subnotificação. "Precisamos ter pessoas comprometidas lá na ponta, para que os medicamentos que chegam gratuitamente para o Brasil, da Organização Mundial de Saúde, não sejam desperdiçados", pontua o coordenador estadual do programa de controle da hanseníase, Cícero Fraga de Melo.
Quem está começando fazer uso dos remédios pode observar as manchas na pele aumentarem, enjôos e outras reações. Sem orientação, é normal o paciente desistir do tratamento.
"Esses sinais são de que o medicamento está fazendo efeito, mas o paciente precisa estar consciente disso". (RD)
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