Investigação aponta que quadrilha agia desde 2007
Seis inquéritos policiais resultaram na prisão da organização criminosa que agia desde 2007. A Polícia deu início às investigações, com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), após desconfiar do caminho percorrido pela madeira que, pela ação da quadrilha, havia recebido autorização para ser transportada. "Madeira com guia de Alta Floresta ia parar em Vila Rica, isso não é normal", disse o secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan. O natural, segundo ele, seria mandar a madeira para beneficiamento na Capital ou outros estados. Há cerca de 1 ano a Sema passou a exigir certidão de legitimidade de origem, documento obtido junto ao Intermat, para evitar fraudes.
Segundo o coordenador do Cadastro de Consumidor de Matéria Prima de Origem Florestal (CC-Sema), Alex Sandro Marega, a exploração de madeira no Estado se dá na seguinte forma: todo proprietário de área precisa de um projeto de exploração florestal, que analisa quanto pode ser retirado. No caso do cerrado, 65% e, de floresta, 20%. Um engenheiro florestal é responsável por esse projeto, que deve ser apresentado à Sema com toda a documentação, como localização da área e procuração do dono da terra. O projeto é aprovado após vistoria da Sema e o proprietário, ou seu procurador, recebe um crédito virtual, lançado na conta corrente do CC-Sema. Esse crédito é transformado em guias florestais, na quantidade que será transportada.
Munida de documentos falsos, desde a procuração, a quadrilha conseguia inserir créditos no CC-Sema e usava as guias para "esquentar" madeira ilegal. Bem organizado, o grupo selecionava terras cujos donos não moram no Estado.
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