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Economia
Terça - 02 de Julho de 2013 às 19:31
Por: Lilian Quaino

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Evolução da indústria  (Foto: Editoria de Arte/G1)

O recuo na produção industrial de 2% em maio, comparado com abril, conforme mostrou a Pesquisa Industrial Mensal (PMI) divulgada nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode ser explicada pelo estoques elevados em diferentes segmentos da atividade fabril , segundo o gerente da Coordenação de Indústria do instituto, André Luiz Macedo.

“O componente dos estoques aparece como algo que justifica essa queda no mês. O aumento no nível dos estoques é observado em outras fontes de informação”, disse o economista.

Segundo Macedo, o comportamento da indústria em março e abril foi mais intenso (alta de 0,8% e 1,9% respectivamente).

“Mas se não tem demanda suficiente, o estoque sobe de nível e o setor industrial compensa segurando seu ritmo”, explicou Macedo ressaltando que a maior presença de produtos importados, a redução das exportações, a inadimplência alta e o comprometimento da renda dos consumidores são fatores que influenciaram esse cenário.

Também impactou negativamente o crescimento industrial  o efeito calendário: maio de 2013 teve um dia útil a menos do que maio de 2012. E o período de janeiro a maio de 2013 teve dois dias úteis a menos relação ao mesmo período de 2012.

as, para Macedo, o recuo de 2% em maio contra abril mostra que o desempenho da indústria no ano diminuiu o ritmo, mas ainda tem saldo positivo. No acumulado de janeiro a abril, a indústria cresceu 1,7% em relação a igual período do ano passado.  O desempenho de maio contra maio de 2012 teve crescimento de 1,4%. Em março e abril, o crescimento foi de 2,7%

André Macedo (Foto: Lilian Quaino/G1)André Macedo (Foto: Lilian Quaino/G1)

“O saldo é bastante favorável. A queda de fato elimina parte do ganho conquistado no início do ano, mas ainda se tem a indústria operando em melhor ritmo do que no fim do ano passado”, disse.

Todas as categorias de uso tiveram taxas negativas de crescimento, mas a perda em bens de capital foi mais intensa -3,5%, após quatro meses de resultados positivos. Mas de janeiro a maio, acumula alta de 13,3%.

O setor de alimentos, que teve alta de 4,3% em abril, principalmente pela entrada da safra de cana-de-açúcar, recuou 4,4% em maio. Para Macedo, a inflação dos alimentos de 5,9% de janeiro a maio já pode estar afetando a indústria alimentícia.

“Mas esse não é o único fator, uma parcela importante da responsabilidade pelo recuo é a redução exportações com economia mundial em ritmo lento”, explicou.

No ano, os alimentos tiveram queda de 0,3% com destaques negativos para suco de frutos (-17,9%), óleo de soja (-15,4%) e leite (-6,2%).

O setor extrativo também pressiona negativamente a indústria: o minério de ferro sofre com a queda nas exportações por conta do cenário da economia global e a produção de petróleo é afetada pelas paradas programadas para manutenção nas plataformas, explica Macedo.






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