Denunciada fraude em teste seletivo do Samu em Tangará da Serra
O vereador Celso Ferreira procurou a reportagem do DS para fazer uma denúncia sobre uma suposta fraude na prova teórica do teste seletivo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), para contratação de novos motoristas. O teste organizado pela Secretaria Municipal de Saúde foi realizado no último dia 30.
De acordo com o vereador, um candidato se sentiu lesado quando foi informado por um amigo que também fez a prova, que o mesmo teve acesso as questões e respostas que caíram no teste, em um edital do ano de 2007 através de um site do município de Balneário Camboriú (Santa Catarina). Conforme o vereador, o edital 04/2007 E4M07, informava dez questões idênticas que caíram no teste seletivo no município.
Desta forma, o candidato que preferiu não se identificar procurou o Ministério Público (MP), e logo após a Câmara de Vereadores com os dois cadernos das provas em mãos. “Dentro deste caderno de Camboriú existe a sequência de dez perguntas que foram aplicadas também em Tangará da Serra. As perguntas e respostas já estariam a disposição dos candidatos que acessaram o site”, diz.
Para o vereador houve plágio no teste seletivo e o candidato que o procurou, assim como os demais, se sentiram lesados. “Na razão dele está procurando agora as autoridades para que tomem providências”, afirma Ferreira. E assim o vereador informa que entrará nesta segunda-feira na sessão da Câmara com um requerimento pedindo urgência na anulação do teste. “Já conversei com o prefeito interino e ele disse que vai tomar providências cabíveis. Mas eu entendo também que o Legislativo tem que solicitar que este teste seletivo seja anulado para mostrar que em Tangará da Serra nós temos lisura”, declara o vereador, acrescentando que a comissão organizadora da prova deve ser responsabilizada pela grave falta.
Sobre a possibilidade de haver uma certa facilitação por parte da Secretaria Municipal de Saúde para contratação dos motoristas, um termo conhecido como ´figurinhas carimbadas´, o vereador ressaltou que neste exato momento não existe a possibilidade de confirmação. “Mas que há uma facilitação a grosso modo há. Se alguém foi favorecido, com certeza foi quem teve acesso a internet”, acrescenta o edil. Conforme Ferreira, plagiar provas de outros Estados, e o mais grave, com outra já a disposição na internet com todas as respostas, é totalmente ilegal. “Nós vamos tomar providências. Isso não pode ficar assim”, conclui.
VALIDAÇÃO – Indagado a respeito da fraude, o prefeito em exercício, José Pereira Filho (PT), afirmou que inicialmente foi cogitada a possibilidade de cancelar as 10 questões da prova que teriam sido “clonadas”.
Mais tarde, porém, foi decidido que as 10 questões seriam validadas a todos os candidatos. “Entendemos que seria mais viável, já que não representaria prejuízo a nenhum dos inscritos”, disse. Como a prova continha 28 questões, a validação representou bem menos que 50% da avaliação, não comprometendo, segundo o prefeito, o resultado final do teste seletivo.
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