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Pós-prisões, secretário e comandante-geral ficam acuados
O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, delegado federal Diógenes Curado, e o comandante-geral da PM, coronel Campos Filho, se vêem diante de um quadro policial que abriga algumas pessoas que, ao invés de trabalharem em defesa da sociedade, da Constituição e dos direitos humanos, fazem o contrário. Desde semana passada, eles passaram a carregar sobre os ombros o desgaste por serem o espelho de um Estado que figura entre os que mais registram números de trabalho escravo, de conflitos no campo, de desmate ilegal e de assassinatos e, o pior, com envolvimento de policiais, conforme apurou a Polícia Federal.
Repercutem em todo o país as prisões de oficiais da PM, como dos coronéis Adaildon Evaristo de Macedo, ex-comandante-geral, e Elierson Metello de Siqueira, que conduzia a regional de Tangará da Serra. Eles são acusados de fazer parte de uma quadrilha que atuava na grilagem de terras da União, especialmente de áreas destinadas à reforma agrária e de uma reserva indígena. Sete municípios do Araguaia eram o alvo. Trata-se de uma região batizada de Vale dos Esquecidos, tamanho isolamento e inoperância do poder público. Adaildon foi comandante-geral da corporação em 2007, no governo Blairo Maggi. Ele acabou exonerado do cargo após denúncias de comandar ações violentas em assentamentos rurais. Mesmo assim, continuou agindo como "braço armado" da quadrilha, da qual faziam parte fazendeiros, pistoleiros, empresários e financiadores das ações de grilagem.
Eles adotaram três formas complementares de atuação. Primeiro, faziam grilagem e extração de madeira de áreas da reserva indígena Maraiwatsede, dos índios xavantes. Também buscavam agir em terras em processo de reconhecimento para a reforma agrária. Por meio de ameaças e violência física, expulsavam os assentados. As áreas, então, eram registradas com títulos falsos, tudo para obter indenização do poder público pela desapropriação de áreas inexistentes. A quadrilha também promovia temor entre pequenos e médios fazendeiros, que eram pressionados para vender seus imóveis a preço bem inferior ao praticado no mercado. As áreas obtidas por meio da extorsão eram negociadas a preços de mercado. Só com uma fazenda obtida pelo esquema foi vendida por R$ 15 milhões.
O secretário e o comandante-geral da PM precisam dar resposta à população sobre os maus elementos infiltrados na coporação e que acabam por criar um poder paralelo e reforçar o crime organizado, numa relação perversa entre o Estado e a sociedade. Muitos defendem a unificação das polícias e criação de força-tarefa para combater o crime, inclusive dentro da própria polícia. A Corregedoria-Geral deveria ser menos corporativista e mais transparente. Agindo com rigor, conseguiria extirpar da corporação aqueles que mancham a imagem da polícia e, assim, não ficaria esperando por novas ações da PF.
Repercutem em todo o país as prisões de oficiais da PM, como dos coronéis Adaildon Evaristo de Macedo, ex-comandante-geral, e Elierson Metello de Siqueira, que conduzia a regional de Tangará da Serra. Eles são acusados de fazer parte de uma quadrilha que atuava na grilagem de terras da União, especialmente de áreas destinadas à reforma agrária e de uma reserva indígena. Sete municípios do Araguaia eram o alvo. Trata-se de uma região batizada de Vale dos Esquecidos, tamanho isolamento e inoperância do poder público. Adaildon foi comandante-geral da corporação em 2007, no governo Blairo Maggi. Ele acabou exonerado do cargo após denúncias de comandar ações violentas em assentamentos rurais. Mesmo assim, continuou agindo como "braço armado" da quadrilha, da qual faziam parte fazendeiros, pistoleiros, empresários e financiadores das ações de grilagem.
Eles adotaram três formas complementares de atuação. Primeiro, faziam grilagem e extração de madeira de áreas da reserva indígena Maraiwatsede, dos índios xavantes. Também buscavam agir em terras em processo de reconhecimento para a reforma agrária. Por meio de ameaças e violência física, expulsavam os assentados. As áreas, então, eram registradas com títulos falsos, tudo para obter indenização do poder público pela desapropriação de áreas inexistentes. A quadrilha também promovia temor entre pequenos e médios fazendeiros, que eram pressionados para vender seus imóveis a preço bem inferior ao praticado no mercado. As áreas obtidas por meio da extorsão eram negociadas a preços de mercado. Só com uma fazenda obtida pelo esquema foi vendida por R$ 15 milhões.
O secretário e o comandante-geral da PM precisam dar resposta à população sobre os maus elementos infiltrados na coporação e que acabam por criar um poder paralelo e reforçar o crime organizado, numa relação perversa entre o Estado e a sociedade. Muitos defendem a unificação das polícias e criação de força-tarefa para combater o crime, inclusive dentro da própria polícia. A Corregedoria-Geral deveria ser menos corporativista e mais transparente. Agindo com rigor, conseguiria extirpar da corporação aqueles que mancham a imagem da polícia e, assim, não ficaria esperando por novas ações da PF.
Fonte:
RD News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/157730/visualizar/
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