Juiz condena MTU a pagar R$ 10 mil por mau atendimento
O juiz Yale Sabo Mendes condenou a Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (MTU) a pagar R$ 10 mil por danos morais e materiais a uma usuária do transporte coletivo de Cuiabá. A estudante Daniela Frata dos Santos ingressou na Justiça após a dificuldade encontrada para recarregar o cartão transporte. Segundo Daniela, houve uma centralização dos serviços pela MTU, tais como recarregar e recadastrar os cartões tanto de estudantes de Várzea Grande como de Cuiabá, tudo no mesmo local, à rua Joaquim Murtinho, o que provocou um grande tumulto. Além disso existem apenas três ou quatro atendentes, para fazer todos os serviços. Ainda de acordo com a usuária do transporte coletivo, o fato de não poder recarregar o cartão no período das férias teria causado constrangimentos.
"Inicialmente tenho comigo que devemos repugnar a famosa Lei de Gerson, onde uma das partes sempre quer levar vantagens indevidas em cima de outrem, portanto necessário se faz a intervenção do Poder Judiciário para impedir o enriquecimento sem causa de uma das partes litigantes", diz o magistrado em sua decisão.
Diversos estudantes têm reclamado do atendimento no local. As filas e o mau atendimento são considerados comuns. Atualmente, cerca de 70 mil cadastros da MTU são de estudantes. Em março deste ano, a MTU sofreu um verdadeiro "apagão". Os estudantes encontraram as portas fechadas e nenhum aviso em frente - veja aqui. De acordo com estudantes, eles são obrigados a permanecer ao ar livre, de pé, sob o sol, sem água e banheiro. Alguns estudantes passam mal e chegam a desmaiar.
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