Aftosa: MT participa de Conferência Mundial de erradicação da doença
Alianças público-privadas. Dessa forma as organizações Mundial de Saúde Animal (OIE) e das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) pretendem erradicar em toda parte do mundo a febre aftosa. A luta contra a doença que causa prejuízos e impõe barreiras comerciais entre países produtores foi discutida entre os dias 24 e 26 de junho, na Conferência Mundial de Febre Aftosa, realizada em Assunção, no Paraguai. O evento, que contou com apoio do governo brasileiro, teve como objetivo principal o balanço geral das ações de controle e erradicação da doença no mundo, buscando garantir a segurança alimentar e a diminuição da pobreza.
“É importante ressaltar que a preocupação da OIE e da FAO é pelo combate à febre aftosa no mundo no que se refere também a animais silvestres, e também qualquer rebanho de pequenos animais, pois sabemos que o perigo está logo ao lado em alguns países não habilitados da América do Sul. Entendemos que o diálogo entre a iniciativa privada e o setor público é, sim, o caminho para combatermos esse mal. Mato Grosso foi muito bem citado neste evento pelos seus excelentes índices de imunização”, disse Zeca D'Ávila, presidente do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa).
Mato Grosso apresentou o trabalho que tem desenvolvido há mais de 13 anos como proposta de erradicar a febre aftosa e manter a sanidade do rebanho mato-grossense na fronteira com a Bolívia. Participou também da Conferência Internacional o presidente do Indea-MT, Décio Coutinho.
“Na região de fronteira, sempre vai ser feito um trabalho diferenciado, porque no mundo inteiro as fronteiras são tratadas de forma diferente; nos assentamentos, pela dinâmica de comercialização; e nas reservas indígenas, porque precisamos ter a garantia de que esses animais estão vacinados, por isso traçamos essas estratégias e podemos contar com a parceria do Fundo Emergencial da Febre Aftosa”, explicou Décio Coutinho.
No Brasil, além de Mato Grosso, outras 15 unidades da Federação são internacionalmente reconhecidas como livres de aftosa com vacinação. Apenas o estado de Santa Catarina detém o status de livre da doença sem vacinação. Nos três dias de conferência, 450 participantes dos 174 países, entre diretores de serviços veterinários, especialistas e pesquisadores, discutiram vários temas que englobam a febre aftosa no mundo, com o objetivo de melhorar o sistema de defesa.
Mato Grosso tem ainda mais duas etapas de vacinação contra a febre aftosa, uma em maio para animais de zero a 24 meses e outra em novembro para animais de mamando a caducando. A redução da obrigatoriedade da vacinação de três para duas etapas, com autorização do Mapa, foi um pedido antigo do setor, que só foi possível após o parecer favorável com base em estudos de campo e científicos, além dos excepcionais índices de vacinação.
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