BC prorroga dedução de compulsório sobre depósitos a prazo
Com a ampliação, os bancos ganham mais 90 dias para se beneficiarem da medida, que visa dar melhores condições de crédito ao setor produtivo. A dedução do compulsório sobre os depósitos a prazo pode ser feita com o montante de compra de carteiras, aplicações em depósitos interfinanceiros e outros ativos.
Por meio do compulsório, os bancos são obrigados a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Quando o BC reduz o compulsório, libera mais dinheiro para que os bancos possam fazer empréstimos e outras operações.
Dos 15% do total de depósitos a prazo que os bancos têm de recolher ao BC, 40% são aplicados na compra de títulos públicos federais e 60% são repassados para a autoridade monetária em espécie, sem remuneração. A dedução se aplica a esse percentual em espécie.
Essa é a terceira prorrogação da medida, tomada durante o pior momento da crise internacional de crédito, para ajudar os bancos pequenos que estavam sem recursos para manter suas operações.
Em março deste ano, o banco já tinha ampliado até esta terça-feira o prazo da dedução do compulsório sobre depósitos a prazo.
De acordo com o BC, dependendo das condições de mercado, no fim de setembro, quando terá decorrido um ano de implementação das deduções sobre os depósitos a prazo por compra de carteira e outros ativos, será iniciado o processo de redução gradativa do incentivo às referidas aplicações, caso se consolidem "os sinais de normalização que começam a surgir no mercado doméstico de crédito".
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