Acusada de matar marido continua presa em Diamantino
A dona de casa Dolores Braga, acusada de matar seu marido, o borracheiro Claudinei Brain, de 40 anos, com uma facada no pescoço, no último dia 25, quinta-feira, continua presa em uma sela especial junto com outras mulheres na Cadeia Pública de Diamantino.
Segundo a Polícia Civil, ela deve aguardar encarcerada até pelo menos a próxima semana, quando os investigadores devem concluir o inquérito policial, para que possa ser marcada uma audiência com o juiz e ela dar sua versão sobre os fatos.
Tudo indica que Dolores deve manter perante a justiça, a mesma versão que contou ao ser abordada pela polícia: legítima defesa.
No dia dos fatos ela alegou a polícia que estava em casa com o filho vendo novela quando Claudinei chegou bêbado do trabalho. Dolores teria pedido para o marido ir tomar banho, mas ele se negou e tomou mais uma ‘pinga’, afirmou ela. Claudinei teria então saído de novo e quando voltou começou a agredi-la com puxões de cabelo, tapas, socos e tentou enforcá-la. Claudinei teria também tentado agredir o filho menor de idade, neste momento, disse Dolores, ela pegou uma faca e cravou no pescoço do marido.
Depois arrastou o corpo até um matagal, próximo a antena de celulares no centro de Diamantino.
Este detalhe, de acordo com a investigação, pode complicar a situação de Dolores, pois a justiça pode julgar sua ação como ocultação de cadáver.
Outro ponto discutível no caso é a versão diferente dada pelo filho do casal.
À Polícia, Dolores afirmou que levou o corpo de Claudinei até o matagal sozinha, sem a ajuda de ninguém. Entretanto, o filho disse depois que ajudou a mãe a colocar o corpo do padastro num carrinho de mão, popular carriola, para que Dolores pudesse jogá-lo no mato.
A justiça deve agora analisar os fatos para determinar se Dolores responderá pelo crime de homicídio presa ou em liberdade.
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