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Cidades/Geral
Quinta - 25 de Junho de 2009 às 11:36
Por: Kelly Martins

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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso apresentou as argumentações jurídicas no recurso interposto contra a decisão que revogou a prisão preventiva decretada contra o empresário Júlio Uemura e Renê Santos Oliveira. Trata-se de um recurso em sentido estrito com o propósito de fazer com que o juiz da 15º Vara Criminal de Cuiabá, José Arimatéia Neves, reveja a decisão ou encaminhe o processo para a análise do Tribunal de Justiça.

Os promotores de justiça Arnaldo Justino da Silva e Sérgio Silva da Costa, membros do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), afirmam discordar do fundamento principal da decisão que garantiu a liberdade dos réus, que seria o excesso de prazo para a instrução. “Não há o que se falar em excesso de prazo, pois o processo é altamente complexo, com 28 acusados e mais de cem testemunhas. Além disso, as diligências que demandam tempo para a conclusão foram requeridas pela defesa com intuito protelatório”, afirmaram os promotores.

O Gaeco argumenta também que, em liberdade, os réus encontrarão os mesmos estímulos para continuarem a enganar outras vítimas, em afronta à Segurança e a Ordem Pública. “Deixar o poderoso chefão solto (Júlio Uemura) e o braço direito da organização criminosa (Rene) em liberdade é atentar contra a própria Justiça”.

Eles ressaltam que, quando questionado pelo Ministério Público, durante interrogatório no último dia sete de junho, se iria continuar praticando as condutas descritas na denúncia, Rene dos Santos Oliveira afirmou que sim, como se sua conduta fosse normal. “Ou seja, ele continuará comprando passando-se por proprietário das empresas laranjas, dando o tombo em centenas de produtores, como se sua conduta fosse a mais normal de todas, porquanto já acostumado com o submundo, com a criminalidade”, reclamaram os representantes do MP. Para o Gaeco, não há o que se questionar em relação a forma como o juiz responsável pelo caso vem conduzindo o processo.

Júlio Uemura é acusado de formação de quadrilha, estelionato, tráfico de influência e extorsão. No entanto, foi solto pela Justiça. Ele chegou a ser preso juntamente com outras sete pessoas durante a operação “Gafanhoto”. Contudo, ele conseguiu Habeas Corpus e cumpriu prisão domiciliar no apartamento da família, localizado no Bairro Santa Rosa. Ao todo foram 30 denunciados no esquema, que supostamente era liderado pelo empresário, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em dar golpes financeiros em Mato Grosso.





Fonte: Olhar Direto

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