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Nacional
Quarta - 24 de Junho de 2009 às 12:56

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Relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime aponta que o Brasil está entre os quatro países que tem maior número de usuários de drogas injetáveis. Por consequência dessa prática, o Brasil figura entre os nove países com maiores índices de contaminação do vírus HIV no mundo.

Em 2008, o uso de drogas injetáveis foi observado em 148 países e territórios, segundo o relatório. Juntos, esses países representam 95% da população mundial. De acordo com o balanço, entre 11 milhões e 21 milhões de pessoas no mundo usam esse tipo de entorpecente. China, Estados Unidos, Rússia e Brasil concentram 45% do total de usuários em todo o mundo.

O estudo atribui ao uso de drogas injetáveis o aumento de infectados pelo vírus da Aids. Segundo o relatório, no Brasil 48% dos infectados pelo HIV são usuários de drogas injetáveis.

Anfetaminas e maconha

Segundo dados do relatório, em 2007 a Argentina e o Brasil tiveram, respectivamente, o segundo e o terceiro maiores índices de uso de ATS (metanfetamina, anfetamina e outros inibidores de apetite).

Entre 2001 e 2005, o Brasil reportou que o uso de substâncias do grupo anfetamina nas áreas urbanas mais que dobrou, com os índices passando de 1,5% para 3,2%. O aumento deve ser atribuído principalmente por conta do uso entre alunos secundaristas (3,4%).

O aumento do uso de maconha no Brasil também aparece no relatório. O índice de usuários de maconha passou de 1% em 2001 para 2.6% em 2005.

Ecstasy

O Brasil registra um aumento no número de apreensões de ecstasy, com mais de 210 mil comprimidos apreendidos em 2007. Segundo o documento, o aumento nas apreensões pode estar relacionado à produção doméstica de ecstasy, considerando que o primeiro laboratório clandestino foi descoberto no país em 2008, no Paraná.

No entanto, o relatório afirma que a maior parte do ecstasy consumido no Brasil é originária da Europa. Em fevereiro de 2009, a Polícia Federal prendeu 55 pessoas em todo o país, integrantes de uma quadrilha internacional de drogas. Os membros, a maioria jovens de classe média, levavam cocaína da América do Sul para a Europa e na volta trazia ecstasy para vender no Brasil.

Com isso, o Brasil entrou na lista dos 22 países do mundo com maiores apreensões de drogas do grupo do ecstasy.





Fonte: Folha Online

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