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Saúde
Terça - 02 de Julho de 2013 às 08:26

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Apesar de os pais saberem que chupar chupeta e o dedo não é recomendado, é difícil não lançar mão do artifício para acalmar o bebê. Uma pesquisa da Universidade de Washington, feita com 128 crianças entre 3 e 5 anos de idade, mostrou que tanto o dedo quanto chupetas e mamadeiras alteram o desenvolvimento dos ossos do rosto infantil e atrasam a habilidade de falar.



Segundo a fonoaudióloga Luciana Cardoso Assuiti, chefe do Núcleo de Fonoaudiologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos, os danos dependem da frequência do hábito, tipo de hábito e até qual idade a criança continua a usá-lo. Dentre os problemas identificados está a síndrome do respirador bucal, que, por consequência, gera alterações faciais, má oclusão dentária – problemas na mordida –, alterações na deglutição e na fala, alterações da mastigação e vocais, alterações posturais, entre outras. 



Com dois anos já é possível perceber alterações dentárias e no processo de desenvolvimento de fala e linguagem. Para identificar o problema, os pais não devem ignorar a respiração bucal. “É importante que os pais fiquem atentos ao sono da criança, se o travesseiro amanhece molhado, e se a criança consegue mastigar”, alerta. 


 
Tratamento
Os tratamentos desses problemas devem ser interdisciplinares. O otorrinolaringologista e o dentista são dois profissionais imprescindíveis para o diagnóstico, bem como o fonoaudiólogo, o alergista, e, muitas vezes, até o fisioterapeuta. Isso porque o tempo desse tipo de terapia é longo, uma vez que exige mudanças de hábito. 


 
Mais que tratamento, o importante é a prevenção. Por mais que a criança esteja acostumada a chupar chupeta e o dedo, é aconselhável parar antes dos três anos. “A criança deve usar a chupeta somente na hora de dormir, depois o indicado é que os pais a retirem da boca”, diz Luciana. A especialista também aconselha não levar a chupeta para a escola, além de não colocar outros objetos junto com ela, como os paninhos, conhecidos como ‘cheirinho’ ou mesmo outras chupetas amarradas juntas. 


 
“Oriento as mães a não oferecerem a chupeta antes de a amamentação estar bem estabelecida, e, geralmente, após 15 a 20 dias, quando elas tentam oferecer, as crianças nem querem mais, pois já há satisfação com a sucção no seio materno”, explica Luciana.
 

 
Com as crianças maiores a dica é levar para escola um ursinho, um companheiro para ajudar a substituir a ausência momentânea dos pais e que não causa problemas de desenvolvimento. “Conversar com as crianças sobre o assunto, demonstrando segurança e que os pais voltarão para buscá-lo, também surte bons efeitos”, garante.




Fonte: Terra

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