Após menos de dois anos, MySpace vai fechar escritório no Brasil
O escritório do MySpace no Brasil, inaugurado com alarde no fim de 2007, vai encerrar as operações no dia 1º de julho. A decisão da matriz norte-americana foi comunicada nesta segunda-feira (22) aos funcionários da filial brasileira.
De acordo com Angelos Ktenas Jr., diretor de conteúdo do MySpace Brasil, a informação recebida com surpresa, já que, segundo ele, o escritório do site no país "sempre operou no azul".
"Não sabemos o porquê de fechar no Brasil, um dos poucos que dava muito dinheiro entre os 30 países em que existe o MySpace. Acredito que isso se deva mais à situação nos Estados Unidos", afirmou Ktenas à Folha Online.
Outro funcionário da empresa, que preferiu não se identificar, também confirmou a informação. A reportagem tentou contato com Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace Brasil, mas não teve sucesso.
Futuro
De acordo com Ktenas, a operação brasileira do MySpace emprega 12 pessoas. "A notícia deixa um pouco de decepção. Mas, como sempre foi uma empresa enxuta, que conseguiu se manter sozinha em um ambiente tão competitivo como a internet brasileira, há um sentimento de confiança na entrada em outras aventuras em um futuro próximo", diz.
Na semana passada, o MySpace anunciou que vai demitir 420 funcionários, o equivalente a 30% de sua força de trabalho. De acordo com a News Corp, dona do site, o objetivo é tornar o site mais eficiente do ponto de vista financeiro.
A medida foi tomada menos de dois meses depois que o MySpace ganhou um novo executivo-chefe, Owen Van Natta, que já trabalhou no Facebook --ele afirmou que considera o atual quadro de funcionários "inflado". Em abril, Chris DeWolfe, um dos fundadores do site, anunciou que iria deixar o comando da empresa.
No mês passado, o MySpace perdeu a liderança entre as redes sociais nos Estados Unidos para o Facebook, pela primeira vez. Levando em conta dados mundiais, isso já é realidade desde o ano passado. Dados da consultoria comScore indicam o portal da News Corp recebeu 70,255 milhões de visitas únicas nos EUA, enquanto o Facebook ficou com 70,278 milhões. A tendência é que essa diferença se amplie nos próximos meses.
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