Burocracia e “influências” podem ter barrado investimentos em Tangará

Tangará da Serra pode ter perdido pelo menos 25 novas empresas nos últimos três anos. A informação partiu de um empresário local, que reclama da letargia e ineficiência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (Comdeurb) por burocracia exagerada, em especial no momento de aprovar projetos para empreendimentos na cidade.

De acordo com o empresário, que pediu para não ter seu nome divulgado pelo DS, a partir do ano passado pelo menos três novos empreendimentos teriam deixado de ser instalados na cidade. Estes empreendimentos seriam um hotel de luxo, uma indústria e um laticínio. Os investidores, segundo o empresário, teriam recebido do município um “não” como resposta na questão da liberação de áreas para instalação.

Há três anos, segundo informações levantadas pelo DS, uma empresa gigante do setor alimentício nacional pretendia instalar uma unidade em Tangará da Serra. Porém, seus representantes não teriam sido atendidos pelo então prefeito Júlio César Ladeia.

O empresário também afirma que muitos empreendimentos são vetados no município para atender interesses de “pessoas influentes”, como alguns empresários e profissionais liberais de Tangará da Serra. A pressão sobre o Comdeurb também teria origem política, e muitos “influentes” estariam escolhendo áreas a dedo. O empresário chegou a citar áreas localizadas no entorno das avenidas da Paz e Lions Internacional.

Indagado a respeito, o presidente do Comdeurb, Luiz Gonzaga Chaves, negou que o conselho tenha dificultado novos investimentos privados na cidade e também rechaçou a possibilidade de privilégios exigidos sob influência política ou de qualquer espécie. “Nós analisamos os projetos e obedecemos a critérios técnicos. Os empreendimentos precisam de área com a infra-estrutura adequada. Mas sempre quem decide é o Executivo”, disse Chaves.