Arrecadação cai pelo sétimo mês seguido e recua 6% em maio
A arrecadação federal caiu em maio pelo sétimo mês consecutivo na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Receita Federal, foram R$ 49,8 bilhões, queda de 6,06% (descontada a inflação) em relação a maio de 2008.
Nos primeiros cinco meses do ano, foram arrecadados R$ 269,7 bilhões, queda de 6,92% acima da inflação em relação ao mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2008, a arrecadação somou R$ 289,7 bilhões em valores atualizados pela inflação.
Nesses sete meses de queda nas receitas, entre novembro de 2008 e maio deste ano, o governo já teve uma perda de R$ 20 bilhões na arrecadação, considerando os valores mensais corrigidos pela inflação.
De acordo com a Receita, a queda no recolhimento de tributos neste ano, ante o ano anterior, está relacionada à crise econômica. Houve queda na produção industrial, nas importações e crescimento menor nas vendas do varejo.
Na comparação entre maio e abril, a arrecadação teve uma queda real de 14%. Esse recuo se deve, entre outros motivos, ao pagamento da primeira cota (ou cota única) do Imposto de Renda Pessoa Física 2009. Também terminou o prazo para pagamento do IRPJ/CSLL referente à declaração de 2008 por parte das empresas.
Desoneração
O órgão estima que as desonerações promovidas para estimular a economia tiveram um impacto de R$ 10,8 bilhões na arrecadação em relação ao mesmo período do ano passado.
A arrecadação de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) caiu 29,7% no acumulado do ano, para R$ 11,5 bilhões, puxada pela desoneração dos automóveis.
Outros impostos
A receita com o Imposto de Renda recuou 5,6%, para R$ 79,8 bilhões, incluindo pessoas físicas e jurídicas. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) recuou 14%, para R$ 7,2 bilhões.
Os principais tributos recolhidos pelas empresas também tiveram queda. A Cofins decresceu 14% (R$ 43,5 bilhões); o PIS/Pasep, 9,66% (R$ 12 bilhões). Na contramão, a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) subiu 2%, para R$ 19,9 bilhões.
A arrecadação da Previdência somou R$ 77 bilhões --alta de 6% no ano.
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