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Economia
Segunda - 15 de Junho de 2009 às 16:43
Por: Gabriela Guerreiro

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A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse nesta segunda-feira que a redução da taxa básica de juros da economia (Selic) de 10,25% para 9,25% é uma prova de que o Brasil vem conseguindo sair da crise econômica internacional. Ao discursar durante balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o Distrito Federal e entorno, Dilma disse que a queda na taxa Selic integra um "processo de saída da crise com cautela".

"Chegamos em uma situação que, sem comprometer a estabilidade, hoje podemos reduzir juros. O Brasil conseguiu dois grandes ganhos nos últimos 20 anos. O primeiro foi a estabilidade política, a consolidação da democracia. O segundo, a estabilidade macroeconômica. Hoje damos passos largos nesse sentido. É possível o Brasil crescer com estabilidade e é possível os juros caírem com estabilidade", afirmou.

Além da queda nos juros, Dilma citou como medidas que comprovam a superação do Brasil frente a crise econômica internacional a redução no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros e eletrodomésticos, o aumento no salário mínimo e as reduções nas alíquotas do Imposto de Renda.

"Nós começamos um processo de saída da crise não pintando o quadro totalmente rosa, mas com grande esforço e confiança na relação do governo com a sociedade", afirmou.

Sobre a redução no PIB (Produto Interno Bruto), Dilma disse que o índice não foi o ideal, mas considerou a queda menor do que o esperado pelo governo. "O PIB do primeiro trimestre de 2009, apesar da gente não querer a queda de 0,8, teve uma queda menor quando se esperava bastante mais. O consumo das famílias voltou a crescer, temos no primeiro trimestre de 2009 o consumo das famílias aumentando."

Na opinião de Dilma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu suavizar os efeitos da crise no país. "Nós preferíamos não ter sofrido essa crise da qual não somos responsáveis, mas não foi por responsabilidade do presidente Lula que nos tivemos esses efeitos. Mas foi por responsabilidade do presidente Lula que soubemos minorá-los e estamos construindo as condições para sair dela."

PAC

Dilma fez nesta segunda-feira um balanço das obras no PAC no Distrito Federal e entorno. O governo federal vai injetar R$ 9,1 bilhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na região até 2010, no total de 96% dos recursos que vão ser reservados para a região. O governo reservou R$ 9,4 bilhões para o DF e entorno nos investimentos do programa.

"O PAC não é uma mera lista de obras nem um projeto de marketing. É um esforço estratégico para fazer com que o investimento esteja na ordem do dia", disse a ministra ao afirmar que o programa vai ajudar o país a enfrentar a crise.

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), que é da oposição, agradeceu os investimentos na região. "Gostaria de levar ao presidente Lula meus agradecimentos públicos pela maneira correta e suprapartidária com que o governo tem tratado todos os pleitos que dizem respeito a Brasília."

Dilma, por sua vez, usou uma frase que virou bordão do presidente da República para comentar os investimentos do PAC no Distrito Federal. "Eu acho que é uma quantidade de recursos, do ponto de vista de investimento concentrado numa região, a gente poderia parafrasear o nosso presidente: nunca antes na história do GDF [o montante foi tão elevado]."





Fonte: Folha Online

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