Ex-deputado acusado de dirigir alcoolizado não recorda acidente
Carli Filho responderá por duplo homicídio com dolo eventual (quando o autor assume o risco que a conduta praticada pode produzir), segundo o delegado. No último dia 29, Carli Filho renunciou ao mandato de deputado federal. Com isso, perdeu a imunidade parlamentar e terá de responder ao processo na Justiça Comum.
O G1 tentou contato com o advogado de Carli Filho, mas o seu telefone celular estava desligado e a secretária do escritório informou que não era possível falar com o advogado nesta terça (9).
Segundo o delegado, após o dia 20, em data a ser marcada, será realizada a reconstituição do crime. Depois de concluído, o inquérito será remetido para a Justiça, a fim de que a ação penal comece a tramitar.
O delegado Braga tomou nesta terça, em São Paulo, o depoimento de Carli Filho, depois que ele deixou o hospital Albert Einstein, onde estava internado.
De acordo com o delegado, o ex-deputado afirmou que não se lembra de nada, mas que estava "muito abalado com tudo que aconteceu". Segundo ele, Carli Filho contou que sua última lembrança é de ter acordado num quarto de hospital e ter sido informado por uma senhora de que se tratava de uma UTI.
"Da noite [do acidente] em si, ele não tem nenhuma lembrança. Nem de ter jantado, nem bebido, nem aonde foi e com quem", afirmou o delegado.
Exame do Instituto Médico Legal de Curitiba apontou que o deputado estava alcoolizado no momento do acidente.
Nos próximos dez dias, Carli Filho deve ficar em repouso por ordem médica. Depois vai para a casa dos pais em Guarapuava (PR).
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