Dólar fecha a R$ 1,93; Bovespa recua 0,75%
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,937, em um decréscimo de 1,47% sobre a cotação de ontem. A taxa oscilou entre R$ 1,951 e R$ 1,934. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,050, em baixa de 1,91%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrocede 0,75%, aos 53.228 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,48 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,23%.
Trata-se do nono dia em que a taxa de câmbio encerra o dia abaixo do preço de R$ 2. Analistas comentam que a cotação pode chegar a R$ 1,90 no curto prazo, mas o mercado mostra ressalvas, enquanto o Banco Central tem mantido a prática de intervenções diárias.
"Há muita resistência em tornos dos preços de R$ 1,97 e R$ 1,92 e o dólar deve ficar rodando nesse intervalo durante algum tempo. Nós ainda precisamos ver algum número, algum indicador, mais consistente da economia para definirmos uma direção, tanto para cima quanto para baixo", avalia Carlos Alberto Postigo, da mesa de operações da corretora Advanced.
Corretores ainda notaram que o mercado de câmbio doméstico teve um dia morno, sob expectativa do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia amanhã, após o encerramento dos negócios, a nova taxa básica de juros do país (hoje em 10,25%).
A contração de 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto), revelada hoje pelo IBGE, parece não ter alterado o placar das apostas para o resultado da reunião do Copom: os economistas estão divididos entre 9,50% (a maioria) e 9,25%.
Juros futuros
As taxas projetadas no mercado futuro da BM&F subiram novamente nos contratos mais negociados, na véspera da reunião do Copom. O PIB confirmou que o país caiu em recessão no primeiro trimestre, mas os números não foram ruins como o esperado.
No caso da inflação, os índices de preços já divulgados nesta semana surpreenderam: o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve variação de 0,23% na abertura do mês, no município de São Paulo, quando o consenso apontava uma alta em torno de 0,30%. E ontem, o IGP-DI teve variação de 0,18% em maio, em vez da deflação de 0,03% esperada. Amanhã, o mercado aguarda a revelação do IPCA, índice oficial de preços do regime de metas de inflação do governo.
No contrato que projeta as taxas para outubro de 2009, a taxa prevista subiu de 9,22% ao ano para 9,32%; para janeiro do ano que vem, a taxa projetada passou de 9,15% para 9,29%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 9,93% para 10,35%.
Comentários