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Economia
Segunda - 08 de Junho de 2009 às 17:18

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Em menos de uma semana, os motoristas de Cuiabá e Várzea Grande foram surpreendidos com duas reduções no preço do álcool hidratado nas bombas. O combustível baixou, inicialmente, de R$ 1,18 para R$ 1,14 no início da semana e chegou a até R$ 1,12, nesta sexta-feira em alguns estabelecimentos das duas cidades. Este é o menor preço já registrado este ano para o álcool. A queda acumulada somente esta semana é de 5%. E a gasolina, que tem 25% de anidro em sua composição, também sofreu retração, baixando de R$ 2,68 para R$ 2,58, o que representa retração de 3,7%. O valor praticado nos últimos dias está chegando perto dos patamares verificados em julho de 2008, quando o litro do combustível foi vendido por R$ 0,99 em vários postos, provocando filas para abastecer.

Se para o consumidor o recuo nos preços é sinônimo de economia, para os empresários do setor, que inclui donos de postos e de usinas fabricantes do combustível, a queda nos valores é uma consequência da crise que o setor está enfrentando e que já perdura há quase três anos. O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, explica que não houve alteração na situação enfrentada pelas usinas na última semana. "Nada mudou. As usinas estão vendendo abaixo do preço de custo para ver se conseguem fazer caixa".

Santos acrescenta que, se forem observadas algumas características das baixas repentinas do álcool, claramente se percebe alguns motivos, a exemplo da data para esta nova queda nos preços. "Hoje (ontem) é dia 5, quando a maioria das empresas tem que efetuar o pagamento aos funcionários. O setor produtivo é intensivo de mão-de-obra e os usineiros têm que cumprir com a folha de pagamento. Diante deste cenário, a única forma encontrada é esta, reduzindo preços", explica que acrescentar que nas usinas o litro do etanol está vendido por uma média de R$ 0,40.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo em Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), Fernando Chaparro, frisa que o combustível vendido por menos de R$ 1,50 na bomba, inviabiliza o mercado e está fazendo com que muitos revendedores "quebrem". Ele considera que a concorrência existente nas Capital e em Várzea Grande é desleal e que "estes revendedores, em sua maioria, arrendam seu negócio fazendo que determinados postos passem de mão em mão, intensificando o desequilíbrio no mercado. Além disso, Chaparro critica a liminar sobre o álcool, que limita em 20% a margem de lucro das revendas para o produto. Ele argumenta que os empresários "perderam a liberdade de definir seus próprios preços".

O gerente de pista do posto Zero Km, em Várzea Grande, Adilson de Arruda, confirma que a queda nos preços é motivada pela concorrência. No estabelecimento o preço do etanol está em R$ 1,18, há uma semana. Ele diz não saber explicar o motivo da baixa e nem se haverá uma nova queda nos preços.(Protefer)





Fonte: 24 Horas News

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