Redução de IPI para carros deve ir até junho, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira, em São Paulo, que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a venda de automóveis novos deve durar somente até junho. No entanto, a autoridade informou que a desoneração feita pelo governo no mesmo tributo para materiais de construção é permanente.
Além de comentar o término do incentivo nas vendas de automóveis, o ministro também anunciou a criação de novos fundos garantidores de crédito para pequenas e microempresas que, segundo ele, devem ser criados por meio de Medida Provisória (MP) que deve sair ainda nesta segunda-feira.
De acordo com Mantega, será colocado R$ 1 bilhão a mais no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a garantia de crédito e mais R$ 4 bilhões na criação de outro fundo até o fim do mês "provavelmente no Banco do Brasil", de acordo com o ministro.
"O empresário muitas vezes vai ao banco pedir empréstimo e não tem a garantia. O governo vai dar esta garantia", disse o ministro.
O anúncio foi feito no fórum "Ações contra a Crise Globonews", que é realizado na capital paulista. No evento, o ministro previu uma queda de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e a retomada para o último trimestre deste ano com um crescimento de até 4%.
O ministro ouviu criticas do economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, e do empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Segundo Barros, o governo assumiu aumentos na folha de pagamento que devem gerar gastos correntes mais altos até 2011. O economista afirmou que estes gastos "crescem exageradamente".
Mantega argumentou dizendo que as contas públicas brasileiras apresentam "inédito equilíbrio" que o gasto relativo da folha de pagamento, em relação ao PIB, não teve aumento na comparação com o governo anterior. "Pelo meu gosto, poderia ter crescido menos. Mas não houve um descontrole", disse ele.
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