Aeronáutica encontra mancha de óleo de 20 km em área de acidente
A Aeronáutica brasileira informou nesta quarta-feira ter encontrado mais quatro pontos de destroços que podem ser do Airbus 330-200 da Air France, incluindo uma mancha de óleo com extensão de 20 km no Oceano Atlântico.
Segundo um relatório do comando da força, os pontos foram registrados pela tripulação de uma aeronave da FAB às 3h40 (horário de Brasília) e se localizam 90 km ao sul da região onde as buscas iniciais se concentraram.
Além da mancha de óleo, a aeronave registrou vários objetos espalhados em uma área circular de 5 km de raio: um objeto de sete metros de diâmetro, além de outros dez objetos - alguns deles metálicos.
O anúncio do comando da Aeronáutica foi feito apenas horas depois de investigadores em Paris expressarem sua preocupação com a possibilidade de que a caixa-preta da aeronave nunca seja descoberta.
Ceticismo
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, Paul-Louis Arslanian, chefe da agência francesa de investigações sobre acidentes aéreos, disse não estar "otimista" sobre a possibilidade de as duas caixas pretas serem recuperadas.
"Não estou muito otimista. Além da profundidade, o leito do oceano é muito montanhoso no local", afirmou Arslanian. Ele disse que a profundidade do mar no local da queda pode chegar a 4 mil metros.
As caixas pretas são dispositivos que guardam informações sobre o voo e sobre a comunicação entre os pilotos e são usadas para ajudar nas investigações sobre acidentes.
Mesmo submersas, as caixas pretas emitiriam um sinal que ajudaria em sua localização, mas apenas durante um período de 30 dias. Além disso, segundo o chefe dos investigadores, o alcance desse sinal é limitado.
Buscas
Os esforços de buscas no local do incidente estão sendo conduzidos por 11 aeronaves mobilizadas na base aérea de Natal e em Fernando de Noronha, afirma o comando da Aeronáutica.
Aviões americanos e franceses também estão sendo utilizados na operação. Alem disso, cinco navios da Marinha do Brasil foram direcionados para a área de buscas.
Até agora, entretanto, nenhum corpo foi localizado. Os primeiros destroços do avião foram localizados na terça-feira, a cerca de 650 km de Fernando de Noronha, mas se tratavam apenas de grandes quantidades de materiais metálicos.
O voo AF 447 havia deixado o aeroporto internacional do Galeão, no início da noite de domingo, com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo.
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