Justiça autoriza entrega de mais US$ 15 bi para a GM
Um juiz de falências pediu a liberação de mais US$ 15 bilhões em empréstimos à montadora GM (General Motors), a fim de ajudar a empresa a manter sua produção. A companhia recorreu nesta segunda-feira à concordata no Tribunal de Falências de Nova York, ficando, assim, sob proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil).
O valor é parte de um total de US$ 33,3 bilhões prometidos pelo governo dos Estados Unidos para a reestruturação da empresa. Segundo o juiz Robert Gerber, a GM poderá dispor dos US$ 15 bilhões nas próximas três semanas.
No total, a administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e irá controlar 60% do capital da empresa. A empresa explicou que tem US$ 172,81 bilhões em dívidas e que os ativos somam US$ 82,29 bilhões.
No anúncio de uma série de normas de procedimento, o juiz disse que a liquidação da empresa ocorrerá em 30 de junho, que as objeções deverão ser apresentadas em 19 de junho e que as ofertas têm como limite de apresentação o dia 22 de junho.
A montadora será separada em duas: a "nova GM", que será responsável pela produção das quatro marcas mais lucrativas do grupo, e a velha empresa que acumulará as dívidas.
O presidente da GM, Fritz Henderson, disse nesta segunda-feira que a montadora deixará a concordata em "60 ou 90 dias". Em coletiva de imprensa, afirmou ainda que a quebra não "terá nenhum impacto" na Europa, América do Sul ou Ásia e que seguirão operando "sem interrupções".
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que o plano de reestruturação da GM (General Motors) é "viável e realista" e dará à companhia a "oportunidade de renascer", ao mesmo tempo que manifestou otimismo sobre o futuro da Chrysler.
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