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Agronegócios
Domingo - 31 de Maio de 2009 às 15:03

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O mercado comum europeu é um dos principais destinos da carne mato-grossense e brasileira. Em 2009 o valor médio do quilo da carne exportada pelo Brasil foi de US$ 2,35, enquanto isso o valor da carne embarcada para o bloco foi de US$ 3,36, valor 43,6% acima da média de mercado.

Apesar da importância deste mercado, os embarques para este parceiro diminuíram consideravelmente a partir do segundo trimestre de 2008, isto porque o departamento europeu que define as condições mínimas que um país deve ter considerou que o sistema de rastreabilidade do nosso país não era adequado.

“O Brasil precisa avançar no Sisbov, que é muito burocrático”, disse Luciano Vacari, superintendente da Acrimat. Esse posicionamento foi comungado ontem (28) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que disse que "temos recebido uma média de 100 a 150 candidatos por mês querendo passar pela auditoria para exportar para a União Europeia. Só de Mato Grosso (maior produtor) tem mil candidatos e não há é capacidade para auditar tantos interessados".

“Esse é um dos principais gargalos para que Mato Grosso e o Brasil exportar mais para a União Européia e é eminente a necessidade de aumentar o atual número de equipes de auditores para Mato Grosso, que conta apenas com três pessoas. O ministro Stephanes está certo, quando assume que o Ministério não possui capacidade para auditar tantos pedidos”, disse o presidente da Acrimat, Mário Candia.

“Nós já nos colocamos à disposição das instituições governamentais, tanto federal quanto estadual, para contribuir para solução desse problema. Nossa sugestão é, com a contribuição da Acrimat, ampliar o número de auditores para atender a demanda que cresce todos os dias. O Eras/Sisbov é uma ferramenta importante na gestão da fazenda, além de agregar valor ao produto, pois o valor pago para o gado com certificação é até 12% superior ao que não tem”, ressalta o presidente da Acrimat.

Mato Grosso foi diretamente afetado pela decisão do mercado europeu por esta medida de embargo. “Mas, apesar das exigências o mercado comum europeu é um dos que melhor paga pela carne mato-grossense e é fundamental para o crescimento sustentável da cadeia da pecuária de corte”, reconhece Mário Candia. Em 2009 apenas 4,8% da carne exportada pelo estado foi para a União Européia, enquanto que em 2007 mais de 19% do total foi para o bloco. Além disso, hoje nosso Estado é responsável pelo embarque de 12% de toda exportação nacional, porém quando se trata de exportações para a U.E. nosso market share (quota de mercado)cai para 5%.

Colocando esses números em cabeças de boi, o IMEA – Instituto Mato-grossense de economia agropecuária - estima que das mais de 216 mil cabeças destinadas a exportação por Mato Grosso, cerca de 10 mil foram para a União Européia, porém se considerarmos que aquele bloco compra apenas o quarto traseiro esse número aumenta para quase 23 mil cabeças.





Fonte: Olhar Direto/Acrimat

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