Empate com Nacional complica o Palmeiras na Libertadores
Agora, para ficar com o vaga, o Palmeiras precisa vencer o Nacional por qualquer placar. Empate sem gols garante o time uruguaio na semifinal. Um novo 1 a 1 leva a decisão para as penalidades. Caso ocorra uma igualdade por mais de um gol, o time brasileiro também segue na competição – nesta etapa do torneio, o gol fora de casa tem um peso maior. O vencedor enfrenta Estudiantes ou Defensor na próxima fase. Também nesta quinta, os argentinos venceram o primeiro jogo por 1 a 0, em Montevidéu.
O jogo de volta acontece no próximo dia 17, no estádio Centenário, no Uruguai. Antes disso, a equipe brasileira enfrenta o Barueri, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, neste sábado.
Obina deixa o banco, e Palmeiras muda a postura
O Palmeiras começou a partida em cima do Nacional. Com Keirrison e Diego Souza na frente, a equipe pressionou. Na primeira oportunidade, foi Souza quem deu o primeiro chute, aos oito minutos. E ficou nisso. Conforme o ponteiro do relógio avançava, os uruguaios começavam a ganhar espaço e demonstravam ficar à vontade na área palmeirense.
É verdade que o Nacional abusou da cera. Nas cobranças de faltas, por exemplo, os atletas eram sempre advertidos verbalmente pelo árbitro Carlos Torres. Com a bola nos pés, chegaram a assustar Marcos. Aos 13, Coates, de cabeça, obrigou o goleiro a fazer boa defesa. Romero também tentou contra a meta brasileira, e novamente São Marcos apareceu para espalmar.
Mas o Palmeiras passou a ser outro a partir dos 28 minutos, quando Marquinhos e Obina substituíram Fabinho Capixaba e Souza, respectivamente. Vanderlei Luxemburgo, que havia pedido paciência com o lateral-direito, não a teve. E com o novo atacante em campo, o Alviverde conseguiu segurar mais o oponente em seu campo.
Obina não foi só um homem de área. O camisa 24 procurou o jogo, deu carrinhos e foi aplaudido pelos torcedores. Aliás, ele já mexeu com a torcida desde o momento em que começou a aquecer para entrar em campo.
Mas a melhor oportunidade foi perdida por Keirrison, artilheiro do time no ano, com 20 gols, aos 40 minutos. Na jogada, Diego Souza tocou de calcanhar para o camisa 9 chutar cruzado, rente à trave. Por pouco Obina, que deu um carrinho para arrematar, não chegou na bola.
Empate cedido no fim
Quem esperava gols de Keirrison ou Obina acabou vendo um outro atleta se destacar no segundo tempo. Um dos principais nomes do time na temporada, especialmente nas disputas da Libertadores, Diego Souza marcou o tão esperado gol palmeirense, logo aos dez minutos.
Na jogada, Keirrison recebeu de costas para o zagueiro e tocou para o camisa 7 bater rasteiro no canto direito de Muñoz. O arqueiro uruguaio ainda tocou na bola, mas falhou na sua tentativa de defesa. O 1 a 0 acendeu a torcida alviverde, que passou a gritar e vibrar com qualquer carrinho ou bola espirrada para fora.
Vendo que seu time perdia demais o meio-campo, Gerardo Pelusso sacou Biscayzacú, atacante que vem sendo badalado no Uruguai, e colocou Angel Morales, passando a ter cinco homens no setor. Na resposta palmeirense, Luxemburgo tirou Keirrison, que saiu entre aplausos e vaias, e colocou Jumar.
E quando o jogo parecia se arrastar, o Nacional conseguiu o empate. Foi Santiago Garcia, o único atacante que os uruguaios tinham em campo, que arrancou a igualdade no Palestra Itália. Ao receber perto da pequena área, aos 35 minutos, ele não teve dificuldades com a zaga palmeirense antes do arremate. Marcos nem mesmo esboçou reação e a bola entrou no seu canto esquerdo.
Nos minutos finais, o Palmeiras avançou desesperado para o ataque, mas sem sucesso. O 1 a 1 estava decretado, levando dramaticidade para a partida que acontece no Uruguai.
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