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Cidades/Geral
Quinta - 21 de Maio de 2009 às 20:19
Por: Andréa Haddad

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O coordenador da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Mato Grosso, Marco Antônio Stangherlin, pediu nesta quarta (20) o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público para recuperar as cinco caminhonetes do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Xavante tomadas pelos índios, em protestos que se arrastam desde o início do ano contra à precariedade do atendimento e à falta de médicos. "Não bastasse as dificuldades que temos em chegar às aldeias, devido as péssimas condições das estradas nesta época, agora os índios decidem apreender nossas camionetes", reclamou Stangherlin.

Ele encaminhou à PF e MPF pedido de providências e cópia do boletim de ocorrência feito no último dia 14, no departamento da PF de Barra do Garças, depois que os índios tomaram mais três veículos como forma de protesto. Segundo informações da Funasa, os indígenas retiraram as baterias das caminhonetes e perfuraram os pneus com disparos de arma de fogo. "Esta situação está insustentável. Como vamos entregar novas caminhonetes, pedimos providências", apontou Stangherlin. Nesta sexta (22), ele vai anunciar oficialmente, às 9h, na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), a disponibilização de mais sete ambulâncias e 12 carros para os quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) existentes no Estado.

O protesto dos indígenas começou depois da 24ª morte nas aldeias Xavantes este ano. Eles teriam ficado abalados quando o veículo da Funasa retornou com o corpo de um índio de 23 anos, que morreu após uma cirurgia em Barra do Garças devido a uma apendicite. Os índios teriam obrigado o motorista a sair e, depois, destruído o veículo. Segundo o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Xavante (Condisi), que congrega as nove terras indígenas da etnia, Edmundo Dzuaiwi Omore, os índios também reivindicam a substituição do chefe do Dsei Xavante, José Henrique Leite, pelo atual pelo atual presidente da organização não-governamental Nossa Tribo, Nivaldo Correia Neto. Eles alegam que há falta de medicamentos, veículos e funcionários da Funasa para prestar atendimento nas aldeias.





Fonte: RD News

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