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Agronegócios
Quinta - 21 de Maio de 2009 às 16:01
Por: Julianne Caju

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A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, empresa mato-grossense, com sede no município de Rondonópolis (há 220 quilômetros de Cuiabá), que há 15 anos contribui com o desenvolvimento do agronegócio do estado, desenvolveu tecnologia inédita no mundo: a soja Inox. A alusão ao tipo de aço que não enferruja, usado para produzir talheres, panelas, baixelas, eletrodomésticos, na indústria automotiva e em geral, indica para que serve a tecnologia: não permitir que as plantas adoeçam por causa da ferrugem asiática, principal doença da sojicultura e que há oito safras tira o sono do produtor rural.

Desde quando a doença apareceu no país, na safra 2001/2002, pesquisadores do Programa de Melhoramento Genético de Soja da Fundação MT e da Tropical Melhoramento Genético, TMG (empresa parceira da Fundação MT), se empenharam para identificar genes resistentes à ferrugem asiática. Assim como estas duas empresas foram capazes de desenvolver tecnologia para o controle de outras doenças, de problemas que acometiam a agricultura mato-grossense, os pesquisadores da Fundação MT e da TMG, dedicaram-se e empenharam-se para atender no menor espaço de tempo possível uma necessidade local, dos produtores mato grossenses que produzem alimento para a população mundial.

“Uma das vantagens da Fundação MT ter sua sede, centros de pesquisas, unidades demonstrativas, espalhados nas regiões produtoras de Mato Grosso é a identificação eficiente de problemas nas lavouras. Desta forma, conhecendo as necessidades do produtor, trabalhamos e agimos localmente. O nosso foco é atender em tempo real, com muita eficiência. Há 15 anos melhoramos a vida das pessoas através do desenvolvimento tecnológico”, afirma Hugo de Carvalho Ribeiro, presidente da Fundação MT.

Após sete anos de trabalho de pesquisa, em tempo recorde (pesquisas convencionais levam em média 15 anos para desenvolver uma variedade), a tecnologia Inox foi lançada. No primeiro momento, na safra 2008/2009 para produtores de sementes, para que os mesmos multiplicassem a soja Inox para em seguida, no segundo momento, na safra 2009/2010, aos produtores de grãos para fazerem uso da tecnologia.

O fungo causador da ferrugem, Phakopsora pachyrhizi, ocasionou até hoje prejuízos de mais de US$ 10,0 bilhões no Brasil. Muitas lavouras de soja foram dizimadas. Muitos produtores passaram noites e noites sem dormir e sem saber como controlar a doença. E mais uma vez a Fundação MT, juntamente com a TMG, conseguiu dar à classe produtora a solução para um problema no campo e assegurar a produtividade das lavouras de soja do Mato Grosso. Diante do gravíssimo problema, o lançamento da soja Inox significa uma revolução no setor agrícola e que refletirá para as áreas econômicas e sociais no estado e em todo país.

“O cultivo da soja pode ser dividido em antes e depois da ferrugem, haja vista os danos provocados por esta doença. E a população de Mato Grosso tem mais um motivo para sentir orgulho do que é produzido por pessoas que contribuem com o desenvolvimento do estado. Aliás, o Brasil todo pode se orgulhar por ter uma empresa nacional que desenvolveu tecnologia inédita no mundo”, diz o presidente da Fundação MT.

À principio a tecnologia Inox é adaptada para o cerrado. Mas os pesquisadores da Fundação MT e da TMG já estão trabalhando para desenvolverem variedades resistentes à ferrugem adaptadas para plantio em mais estados brasileiros e até em outros países. Pois já há interesse de países produtores de soja da América do Sul, onde há incidência da ferrugem, como a Bolívia, o Paraguai e a Argentina.





Fonte: Assessora de Imprensa

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