Valorização do real ajuda a reduzir dívida pública em abril
A dívida pública federal --que engloba os endividamentos interno e externo-- caiu 1,02% em abril na comparação com março, para R$ 1,384 trilhão, segundo dados do Tesouro Nacional. A queda se deve ao resgate de títulos e à recente valorização do real ante o dólar.
O valor da dívida interna recuou 0,47%, para R$ 1,261 trilhão. No mês passado houve um resgate líquido de R$ 15,65 bilhões (diferença entre resgates e emissões). Parte desse valor foi compensado pelo impacto de R$ 9,64 bilhões em juros.
Já a dívida pública federal externa, que representa 8,83% da dívida total, caiu 6,29%, devido à valorização do real em relação às moedas estrangeiras nas quais o país é devedor. O valor da dívida externa ficou em R$ 122,25 bilhões (US$ 56,12 bilhões).
A dívida pública federal deve terminar o ano entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,60 trilhão, de acordo com o Plano Anual de Financiamento do Tesouro Nacional.
No mês passado, foram emitidos títulos no valor de R$ 21,22 bilhões e foram feitos resgates no valor de R$ 38,86 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de R$ 17,64 bilhões na dívida total.
Selic
A parcela de títulos prefixados na dívida total caiu de 28,03% para 26,76% em abril. A participação dos papéis indexados à taxa Selic subiu de 33,71% para 34,96%. Os títulos remunerados por índices de preços passaram de 27,30% para 27,89%.
O volume de títulos em poder público com vencimento no curto prazo (em até 12 meses) caiu de 29,97% para 28,58%. O prazo médio da dívida passou de 3,54 anos para 3,55 anos (a meta é ficar entre em no máximo 3,7 anos).
O custo médio em 12 meses da dívida passou de 15,60% ao ano para 15,13% ao ano.
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