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Economia
Quinta - 21 de Maio de 2009 às 13:22

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O risco de crédito de consumidores retomou patamares semelhantes aos vistos no período anterior à pior fase da crise mundial, aponta pesquisa da Serasa Experian, empresa de verificação de crédito. As empresas, no entanto, ainda não se recuperam do baque sofrido nos últimos meses de 2008.

A Serasa Experian lançou hoje um novo indicador, que busca medir a qualidade do crédito de pessoas jurídicas e físicas, a partir 450 mil CPFs e 450 mil CNPJs constantes na base de dados da empresa, e considerando uma série histórica que foi calculada retroativamente ao primeiro trimestre de 2007.

Em termos nominais, o indicador de qualidade do crédito dos consumidores registrou um patamar de 79 pontos no primeiro trimestre de 2009, ante 79,5 pontos no mesmo período de 2008 e 78,8 pontos no trimestre final do ano passado. No início de 2007, o índice foi calculado em 80,2 pontos.

Separado por regiões e faixas de renda, o indicador da Serasa mostra que os consumidores com melhor qualidade do crédito estão na região Sul e Sudeste, enquanto os piores índices foram encontrados nas regiões Centro-Oeste e Nordeste; por renda, os consumidores com melhor qualidade de crédito possuíam renda a partir de R$ 10 mil, enquanto os piores índices de qualidade do crédito eram de consumidores com renda mensal até R$ 500 no primeiro trimestre de 2009.

Empresas

No caso das pessoas jurídicas, o índice de qualidade do crédito atingiu o patamar de 95,7 pontos no primeiro trimestre de 2009. Trata-se do mesmo número verificado no início de 2008, mas abaixo do índice calculado para o quarto e o terceiro trimestres do ano passado (95,8 pontos). No início de 2007, o mesmo indicador teve leitura de 95,5 pontos.

Para o departamento econômico da Serasa Experian, a queda entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009 pode ser explicado levando em conta as empresas de grande e médio porte, que respondem pela maior parte do setor industrial.

Foi justamente esse segmento econômico o mais afetado pela crise mundial, que provocou uma retração nos volumes de concessão de crédito. Essa retração atingiu essas empresas em cheio, porque já tinham feito investimentos para atender ao crescimento das exportações e expansão do consumo doméstico, tal como verificado até o primeiro semestre de 2008.





Fonte: Folha Online

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