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Economia
Quinta - 21 de Maio de 2009 às 11:20
Por: Cirilo Junior

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A redução na criação de empregos começou a acender o sinal de alerta em relação ao mercado de trabalho, segundo o gerente da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), Cimar Azeredo. De janeiro a abril, a população ocupada cresceu, em média, 1,1%, menor ritmo de expansão desde o início da série histórica, em março de 2002. No período, a população ocupada representou, em média, 20,765 milhões de pessoas.

"O mercado de trabalho não está gerando novos postos. A população em idade ativa está crescendo acima da população ocupada. Se isso perdurar por mais meses, a consequência é o aumento do desemprego. Isso, de certa forma, é um fato preocupante", afirmou.

Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a população ocupada cresceu apenas 0,2 em abril, na comparação com igual período em 2008. Em relação a março, o volume da população ocupada diminuiu 0,2%. Há dois meses consecutivos, a população ocupada vem crescendo abaixo da população economicamente ativa.

"O mercado vem se mantendo, mas não se desenvolve. A crise não piorou o mercado, até agora houve uma estabilização", comentou Azeredo.

Outro dado que aponta uma mudança do cenário do mercado de trabalho é que, na comparação com igual período do ano anterior, a taxa de desemprego vinha em queda constante. Desta vez, subiu 0,4 p.p. (pontos percentuais), ficando em 8,9% em abril.

O nível de desemprego em relação ao ano passado ainda se mantém estável, mas em alguns setores, a queda é significativa. É o caso da indústria, que cortou 105 mil vagas em relação a abril de 2008, queda de 3%.

Azeredo destacou que o emprego com carteira assinada continua em alta. Em abril, foram gerados 81 mil postos nessa condição, variação de 0,9% frente a março. Na comparação com abril, foram mais 180 mil postos, aumento de 2%.

Ao mesmo tempo, o emprego sem carteira caiu 0,5% em relação a março (13 mil postos a menos), e 3,7% na comparação com abril de 2008 (99 mil postos a menos). O número de trabalhadores por conta própria caiu 1,5% frente a março, e 2,3% em relação a abril do ano passado.

"Embora o mercado não evolua, os dados não são nocivos no sentido de derrubar a qualidade do emprego", concluiu.





Fonte: Folha Online

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