Apoio à Copa diminui, mas 65% ainda são favoráveis ao evento
O povo brasileiro já foi mais favorável à organização da Copa do Mundo de 2014, aponta pesquisa Datafolha. Segundo o instituto, 65% dos entrevistados aprovam a realização do torneio no Brasil a um ano de sua abertura.
Esse índice, no entanto, era de 79% em 2008, um ano após a Fifa anunciar oficialmente que o Mundial seria organizado no país. Um quarto (26%) declarou ser contra o evento, 8% indiferente e 1% não soube responder. Em 2008, apenas 10% das pessoas eram contrárias à Copa do Mundo.
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A margem de erro do levantamento atual é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O Datafolha entrevistou 4.717 pessoas de 196 cidades entre os dias 27 e 28 de junho.
De acordo com o instituto, 59% das pessoas acreditam que o governo agiu mal ao emprestar dinheiro com juros mais baixos para a construção dos estádios. Um terço (32%) considera que o governo agiu bem e 9% não souberam responder.
Sobre o legado do evento, as opiniões são divididas. Em relação aos benefícios da Copa ao povo brasileiro, 48% afirmaram que trará mais benefícios do que prejuízos; já para 44%, mais prejuízos do que benefícios.
Os mais jovens e os mais escolarizados são os mais pessimistas: respectivamente 50% e 49% pensam que a Copa trará mais prejuízos que benefícios para a população. As regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste mostraram índices de aceitação acima da média nacional: 79% e 74%, respectivamente.
Os mais jovens (70%) e os mais humildes (69%) também tiveram aprovação superior à média. As regiões Sul (34%) e Sudeste (33%) foram as que apresentaram os maiores índices de rejeição à Copa do Mundo, assim como os mais escolarizados (36%) e os que ganham entre cinco e dez salários mínimos (37%).
RIO-2016
O Datafolha fez as mesmas perguntas relacionadas à organização da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
Os índices são parecidos com os da Copa: 64% dos entrevistados são favoráveis aos Jogos, 25% são contra, 9% indiferentes e 2% não souberam. Entre os cariocas, a parcela de aprovação é de 63%.
As maiores rejeições à Olimpíada estão concentradas entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos (33%) e entre aqueles que têm nível superior (32%).
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