Polícia vai exumar corpo de jovem que morreu no Portão do Inferno

O promotor de Chapada dos Guimarães, Jaime Romaquelli, pediu a exumação do corpo da estudante Eiko Uemura, encontrada morte no Portão do Inferno no dia 29 de abril. De acordo com o delegado João Bosco, que está à frente das investigações, o procedimento é necessário porque há dúvidas sobre a causa da morte da jovem. O delegado deve definir ainda hoje a data da exumação.

Esta semana, a polícia ouviu pela segunda vez o advogado que tinha um envolvimento com a estudante e empresária morta no mês passado. Após a morte de Eiko, a polícia descobriu que ela estaria tendo um envolvimento com o advogado Sebastião Carlos Araújo do Prado. No depoimento desta terça-feira, ele evitou dar muitas declarações sobre o assunto. "A única coisa que eu confirmo é que não tenho nada a ver com isso e acredito que logo as notícias verdadeiras serão esclarecidas", afirmou o advogado.

Dois dias antes da morte da estudante ela teria pego várias jóias da família, que depois foram encontradas com o advogado. A idéia seria uma fuga. De acordo com o delegado João Bosco de Barros, o advogado mentiu no primeiro depoimento. "Ele admitiu que mentiu porque estava preocupado em expor a família", relatou o delegado.

Caso Júlio Uemura

Eiko era sobrinha de Júlio Uemura. O empresário e ela foram indiciados pelo Ministério Público na 'Operação Gafanhoto' em um suposto esquema fraudulento na compra de hortifrutigranjeiros. Mas de acordo com a nora de Júlio Uemura, Rosidei Taques Uemura, a estudante também era proprietária de uma empresa e não teria ligações com os negócios do tio. "Ela tem uma empresa que era dela e da sócia que se chama Priscila", contou a Rosidei.

O advogado do investigado, Ulisses Rabaneda, disse que Sebastião prestou todos os esclarecimentos à Justiça. "Acredito que a partir de agora as investigações irão provar que meu cliente é totalmente inocente", disse o advogado de Sebastião.