Ácido fólico pode prevenir doenças em bebês, diz estudo
O consumo de ácido fólico contribui para diminuir a possibilidade de os bebês nascerem com algum tipo de problema cardíaco congênito, segundo estudo realizado por cientistas canadenses.
O número de recém-nascidos com alguma cardiopatia congênita naquele país diminuiu depois que o Governo tornou obrigatória, em 1998, a adição de ácido fólico em certos tipos de alimentos.
A pesquisa realizada por dois professores da Universidade McGill de Montreal foi publicada pelo British Medical Journal, e seus resultados poderiam convencer a Europa a implantar medidas semelhantes.
Já está comprovado que o consumo de ácido fólico em fases adiantadas da gravidez reduz o risco de o bebê sofrer com várias complicações. No entanto, os resultados deste relatório canadense ainda não são conclusivos, segundo a publicação britânica.
O estudo foi baseado em dados estatísticos e comparou o número de bebês que nasceram com alguma cardiopatia congênita antes da adição de ácido fólico nos alimentos, e após a medida.
Entre 1990 e 2005, nasceram 1,3 milhão de bebês em Quebec, dos quais 2.083 apresentaram este tipo de problema. Já após a implantação da medida, esta taxa caiu a um ritmo de 6% ao ano.
Segundo os autores do estudo, esta queda anual não é fruto do acaso, já que foram considerados fatores de risco como a idade da mãe, obesidade ou o tipo de medicação usado. Ainda assim, os números seguiram caindo.
Os cientistas admitiram que estes 6% podem representar um número modesto, mas não deixam de ser uma grande notícia, dada a complexidade do tratamento para doenças cardíacas.
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