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Economia
Terça - 12 de Maio de 2009 às 23:45

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O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (12) que o projeto de mudanças para evitar que a caderneta de poupança se torne investimento mais atrativo do que os fundos de renda fixa está "na reta final de elaboração".

Questionado se a medida poderia ser anunciada nesta quarta-feira, Bernardo respondeu: "Não sei se amanhã, mas será anunciada nos próximos dias, porque esta é uma questão que não pode ficar em aberto para dar margem a especulações".

Mais cedo, o presidente Lula disse que não há previsão para o anúncio de mudanças na caderneta.

O ministro voltou a afirmar que o governo não prejudicará os poupadores.

Bernardo disse que o governo não fará alterações da noite para o dia nas regras de rentabilidade da caderneta de poupança. Segundo ele, as alterações nas regras da poupança são, exatamente, no sentido de preservar a caderneta como instrumento popular "e evitar que seja usada em caráter especulativo" pelos grandes investidores.

"Com a queda da Selic, a poupança pode vir a ser a melhor opção de rendimento futuro, se conservar a estrutura atual de rentabilidade de 0,5% de juros mensais mais a variação da Taxa Referencial (TR). Isso sem qualquer tributação. O que pode atrair os grandes investidores", lembrou o ministro do Planejamento.

"A poupança é um instrumento sagrado de proteção da economia popular e não seria o presidente Lula que mudaria isso", afirmou durante a audiência.

Contra especulações

O ministro voltou a criticar o "caráter especulativo" que a discussão em torno do assunto tomou, em razão de propagandas de alguns partidos políticos.

Ele explicou que o objetivo do governo é evitar que especuladores, como George Soros, façam aplicações de alto vulto na poupança.

"Não queremos que o George Soros, que já se autointitulou um especulador, abra uma poupança de US$ 20 milhões no Brasil e diga: agora estou com meu dinheiro protegido no Brasil", exemplificou.

Bernardo afirmou que o governo achará uma solução transparente para evitar que a poupança se torne mais atrativa que os fundos de renda fixa.

Ele disse ainda que há um temor de que os grandes bancos privados também coloquem dinheiro na poupança, o que dificultaria a rolagem da dívida pública. Bernardo disse que o governo "tem muito juízo". "O Brasil é respeitado mundo afora não é à toa", disse.

Lula nega

Após cerimônia de visita às obras da usina termelétrica Euzébio Rocha, da Petrobras, em Cubatão, o presidente Lula disse nesta terça que ainda não há previsão para o anúncio de mudanças na caderneta.

Questionado sobre boatos de que o anúncio seria na quarta, o presidente respondeu: "Se anunciaram, eu não estou sabendo. Quando a gente tiver uma decisão de governo, temos o maior interesse em comunicar a imprensa do que vir a acontecer. Por enquanto, não tem discussão amanhã", afirmou.

(Com informações da Agência Estado e do Valor Online)





Fonte: Do G1, em São Paulo

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