Pirataria de software cresce no mundo, mas cai no Brasil
A pirataria de software no Brasil está na contramão do mundo, em queda, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira (12) pela Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) e a Business Software Alliance (BSA). De acordo com a pesquisa, 58% de todos os programas usados no Brasil são piratas --índice considerado alto, mas que representa uma queda de 6 pontos percentuais entre 2005 e 2008.
Segundo o estudo, em 2008 o índice de softwares piratas no Brasil caiu 1 ponto percentual em relação ao ano anterior. Enquanto isso, no mundo houve uma alta de 3 pontos percentuais, chegando a 41%. A pesquisa, realizada pela consultoria IDC, foi feita em mais de cem países.
Segundo a pesquisa, os produtores tiveram um prejuízo direto de R$ 1,645 bilhão em razão do software pirata no Brasil, um aumento de 1,73% em relação a 2007. "Esse resultado revela uma significativa contenção de perdas em 2008, já que, entre 2005 e 2007, o valor subira 111,1%", diz a BSA, em nota.
"A principal preocupação em nossos esforços para reduzir a pirataria de software no Brasil está nas empresas que adquirem licenças legítimas, mas que utilizam um número de cópias maior do que o contratado", diz Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil, em nota.
Apesar de ainda estar bem acima da média mundial, em 2008 o Brasil se manteve como o país com menor índice de pirataria entre os países do que compõe o bloco conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). O país é seguido por Índia (68%), Rússia (68%), e China (80%) Entretanto, a Rússia foi a que mais reduziu a taxa de pirataria --5 pontos percentuais no ano e 19 pontos percentuais nos últimos três anos.
Na América Latina, o Brasil tem a segunda menor taxa de pirataria de software, ficando atrás da Colômbia, que tem 56%. A média da região é uma das maiores do mundo (65%). Os piores índices são de Venezuela (86%), Paraguai (83%) e Bolívia (81%).
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