Ferrari se prepara para trocar Raikkonen por Alonso
Cúpula da equipe italiana estaria cansada de investir alto no finlandês e receber tão pouco em contrapartida
Ainda falta muito tempo para a próxima temporada, afinal, a edição vigente do Mundial de Fórmula 1 teve sua quinta etapa anteontem, em Barcelona. Mas a cada dia cresce a possibilidade de acontecer o que muita gente - em especial, os espanhóis - adoraria ver: Fernando Alonso na Ferrari. Até onde se sabe, ocorreram apenas contatos entre as duas partes. E o escolhido para dar lugar a Alonso também se define a cada prova: o finlandês Kimi Raikkonen. A Ferrari está cansada de lhe pagar US$ 2 milhões por mês e receber tão pouco em troca.
A cabeça do campeão mundial de pilotos em 2007 estaria a prêmio na escuderia italiana. Indícios disso é o que não faltam. O abandono do finlandês no GP da Espanha, disputado em Barcelona, teria desatado a ira do chefe da equipe, Stefano Domenicali, de acordo com informações do jornal inglês Daily Star. "Precisamos ter certeza de que as pessoas responsáveis por todas as áreas façam o melhor trabalho que puderem", disse.
O dirigente italiano teria sugerido ao presidente da montadora, Luca di Montezemolo, a demissão do piloto finlandês. A última vitória de Kimi Raikkonen ocorreu em 27 de abril de 2008, especificamente do GP da Espanha do ano passado. Desde então, além de não voltar a ocupar o lugar mais alto do pódio, ainda viu seu companheiro de equipe, o brasileiro Felipe Massa, ganhar seis vezes. Foram 19 GPs nesse período.
O processo de fritura do finlandês estaria tão adiantado que até mesmo a comedida cadeia de TV britânica BBC afirma que ele será demitido já no fim de semana do GP da Itália, a ser disputado em 13 de setembro no circuito de Monza. Não por acaso, especula-se que nessa data a Ferrari anunciaria o patrocínio do Banco Santander. Observadores explicam que, uma vez firmada tal parceria, o caminho para Fernando Alonso assumir o cockpit vermelho na próxima temporada estaria pavimentado.
Depois da prova em Barcelona, Kimi tratou de minimizar o desempenho da equipe, que obteve três pontos com o sexto lugar de Massa. Kimi já havia obtido a mesma colocação no Bahrein. "Não perdemos nada. Contamos com as mesmas pessoas fazendo as mesmas coisas de quando vencíamos. Mas, às vezes, cometemos alguns erros que são mais fáceis de acontecer quando você quer andar mais que o carro", afirmou o piloto, que saiu da prova por problemas no acelerador.
"Estou muito triste porque poderia ter marcado pontos. Infelizmente, tive um problema hidráulico ligado ao controle do acelerador", declarou Kimi. "Até cheguei a conquistar algumas posições antes de deixar a corrida", destacou. "O carro está melhor, mas temos de conseguir mais confiabilidade."
De resto, ressaltou a melhora no rendimento do novo modelo F60, adaptado ao pacote aerodinâmico recentemente adotado. "O lado positivo é que o carro está mais forte. Ainda podemos melhorar muito", disse. "Estamos chegando ao lugar em que queremos estar, para brigar com as outras equipes na frente. É isso o que estamos almejando", afirmou. "Não tivemos muita sorte ultimamente, mas em algum momento a sorte vai mudar."
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