PRF prende empresários do Nortão na Operação Cupim
As prisões aconteceram durante o cumprimento da Operação Cupim, com o objetivo de desbaratar uma quadrilha que desmatava ilegalmente a floresta Amazônica, falsificava documentos, sonegava impostos, além de corromper servidores públicos e lavagem de dinheiro. Também foram apreendidos computadores, notas fiscais adulteradas, carimbos, cofres, armas e munições. A operação nasceu da investigação do Gaeco de Mato Grosso do Sul e da fiscalização da Polícia Rodoviária Federal nas BR-262 e 163. O esquema contava com a conivência de técnicos de fiscalização financeira da Secretaria de Administração e de agentes tributários da Secretaria de Fazenda do Mato Grosso do Sul.
Os servidores acobertavam o transporte e comercialização de madeiras nobres e ameaçadas de extinção, como Peroba e Castanheira. Também está sendo investigado o corte de árvores em área de proteção e reservas indígenas. Os primeiros levantamentos mostram que a fraude ocorria desde abril de 2008. Empresários de Sinop e Marcelândia (MT) eram responsáveis pela extração irregular de madeira. Caminhões e carretas assumiam o transporte dos produtos florestais, que quase sempre eram misturados a madeira de pouco valor e de livre comércio, para não levantar suspeitas.
A prova de especialização do grupo estava no esquema de sonegação tributária. Uma mesma nota fiscal era emitida para até cinco carregamentos simultâneos, que utilizavam o Mato Grosso do Sul como corredor para chegar aos mercados de São Paulo e Paraná. Se um dos veículos fosse fiscalizado, imediatamente os demais eram avisados e orientados a interromper a viagem, até que a nota fiscal que eles portavam fosse substituída.
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