Minc participa de marcha pela legalização da maconha no Rio
“Hoje a guerra das drogas mata mais do que a overdose. Só a hipocrisia não vê isso”, gritou o ministro, sendo aplaudido e ovacionado por todos.
Segundo os organizadores, o protesto foi realizado em mais de 250 cidades do mundo, incluindo Berlim, Madri e França. Outras regiões do Brasil também participaram do evento. No Rio, os organizadores esperavam reunir, pelo menos, duas mil pessoas.
“Não é porque eu sou ministro que ia deixar de fazer o que eu acredito. Grande parte da violência que nós sofremos é por causa do tráfico. Usuário não pode ser tratado como criminoso”, completou Minc.
Os manifestantes distribuíram cerca de 500 guias informativos sobre os princípios do movimento. A Polícia Militar montou um esquema especial para o evento. Pelo menos 70 policiais reforçaram a segurança e auxiliaram os moradores.
Só quem não ficou muito satisfeito foram os motoristas. Com duas das três pistas fechadas, o engarrafamento se prolongou pela orla de Ipanema e do Leblon.
Em 2008, o Tribunal de Justiça do Rio proibiu a realização da Marcha da Maconha atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual, que entrou com uma medida cautelar para impedir o evento.
Para garantir a realização da marcha deste ano, os organizadores conseguiram, em abril, um hábeas corpus preventivo. Segundo os manifestantes, o objetivo do ato é, ainda, chamar a atenção para a discussão de políticas de leis sobre drogas no país e estimular o diálogo em relação ao uso da planta, inclusive com fins lucrativos.
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