STF livra Delúbio, Genoino e Valério de gestão fraudulenta
A decisão, tomada por 5 votos a 3, no entanto, não atende em completo ao habeas corpus protocolado por Delúbio. O ex-tesoureiro pedia que seu nome fosse excluído da ação penal. Porém, a maior parte dos ministros decidiu que Delúbio, Valério e Genoino continuarão respondendo à ação, pois contra eles também pesam a acusação de que teriam cometido crime de falsidade ideológica.
O relator do pedido, ministro Marco Aurélio Mello, acatou os argumentos da defesa do ex-tesoureiro, considerando que ele não teria motivo para responder por gestão fraudulenta, uma vez que não faz parte da diretoria do BMG. Os ministros Menezes Direito, Eros Grau, Cármen Lúcia e Cezar Peluso seguiram o voto do relator.
Votaram contra o pedido apenas Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie. Para Lewandowski, “a denúncia diz que ele [Delúbio] teria simulado contratos”, com valores incompatíveis com os negociados, por isso, teria sim cometido fraude.
A decisão desta tarde beneficia também os demais réus do mesmo processo denunciados por gestão fraudulenta e que não fazem parte da cúpula do BMG. Assim, réus como empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, e o deputado José Genoino deixarão de responder pelo crime de gestão fraudulenta.
Delúbio, Valério e Genoino estão entre os 39 réus que serão julgados na ação penal do STF que investiga o mensalão, esquema denunciado em 2005 em que parlamentares supostamente recebiam dinheiro em tropa de apoio político ao governo.
Volta ao partido
Em março, o ex-tesoureiro do PT visitou o líder petista Cândido Vaccarezza (SP) na Câmara, em uma movimentação em busca de apoio para retornar ao partido. Delúbio foi expulso do partido por conta do episódio do mensalão. "Ele [Delúbio] acha que teve uma pena maior que merecia", disse Vaccarezza, na época.
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