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Internacional
Segunda - 04 de Maio de 2009 às 04:32

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O ministro da Saúde do México, José Ángel Córdova, disse nesta sexta-feira que a diminuição no número de internações em decorrência da gripe suína é "um sinal muito animador" e que o vírus causador da doença "não é tão agressivo" como se pensava.

Segundo Córdova, já há no México 343 casos confirmados de gripe suína e 15 mortes provocadas pela doença - três a mais em relação ao confirmado até a quinta-feira. Dos mortos, 11 eram mulheres e quatro homens, todos com idades entre 21 e 40 anos.

Nesta sexta-feira foi confirmado em Hong Kong o primeiro caso da doença na Ásia, em um cidadão mexicano recém-chegado ao território chinês.

De acordo com o governo de Hong Kong, o homem chegou ao território via Xangai e está em isolamento em um hospital, em condição estável. O hotel onde o homem esteve hospedado foi colocado em quarentena.

Números

Até agora, foram confirmados casos de gripe suína em 14 países de três continentes. Diversos outros países investigam casos suspeitos.

Depois do México, os Estados Unidos são o país mais afetado, com 118 casos confirmados e uma morte, segundo autoridades americanas.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, há quatro casos suspeitos de gripe suína (três em Minas Gerais e um em São Paulo) e outras 42 pessoas sendo monitoradas.

Também nesta sexta-feira, autoridades britânicas confirmaram que um funcionário do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) é o primeiro paciente do país a contrair gripe suína sem ter visitado o México.

Segundo o governo britânico, o paciente Graeme Pacitti, de 24 anos, contraiu a doença ao entrar em contato com o casal Iain e Dawn Askham, os primeiros casos confirmados na Grã-Bretanha, que foram infectados durante sua lua-de-mel em Cancún.

Paralisação

O México iniciou nesta sexta-feira uma paralisação de cinco dias determinada pelo governo para tentar conter o avanço da gripe suína.

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Serviços não-essenciais foram suspensos, cinemas, lojas e restaurantes fechados e até as celebrações do Dia do Trabalhador foram canceladas.

O presidente do país, Felipe Calderón, pediu aos mexicanos que não saiam de casa durante esses período, mas algumas pessoas afirmaram que vão ignorar o pedido, já que não podem deixar de trabalhar.

Há preocupações sobre o efeito que o surto de gripe suína poderá ter na economia mexicana, já abalada pela crise econômica mundial. Nesta sexta-feira, Calderón recebeu o primeiro pacote de ajuda do governo chinês para combater a doença.

Foram doados US$ 1 milhão, além de outros US$ 4 milhões em produtos sanitários, entre os quais 240 mil máscaras profissionais, 96 mil luvas, 2 mil roupas de isolamento e 100 mil lenços desinfetantes.

Muitos países restringiram voos para o México e diversas operadoras de turismo cancelaram pacotes para o feriado.

O México anunciou que irá apresentar uma consulta formal à Organização Mundial do Comércio pedindo explicações dos países que baniram importações de produtos mexicanos derivados de suínos.

As autoridades mexicanas voltaram a afirmar que o consumo de carne e derivados suínos não representa risco para a saúde humana.

Vacina

Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que alguns laboratórios começarão nas próximas semanas a produzir vacina contra esse novo tipo de gripe.

O material necessário para iniciar a produção da vacina está sendo produzido nos Estados Unidos e será distribuído aos laboratórios em meados do mês.

No entanto, a vacina só deve estar disponível no mercado num prazo de quatro a seis meses, de acordo com a OMS.

A OMS e a União Europeia (UE) decidiram parar de se referir à doença como gripe suína para evitar prejuízos maiores à indústria de produtos suínos. A OMS passou a se referir à doença como Influenza A (H1N1), e a UE, como "nova gripe".

Na quarta-feira, a OMS elevou o nível de alerta em relação à doença para cinco - um abaixo do estágio de alerta máximo - e afirmou que há sinais de uma pandemia "iminente".




Fonte: BBC Brasil

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