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Sexta - 01 de Maio de 2009 às 01:13
Por: Bruno Garcia

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Procurador estabelece ação contra financiadores das máfias mato-grossenses

"Ainda é possível controlarmos a sede voraz do crime organizado". É o que afirmou o novo coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), procurador de Justiça Paulo Prado, em entrevista exclusiva ao MidiaNews, nesta semana. Ele defendeu o emprego de uma "linha dura" para investigar as máfias mato-grossenses. E ressaltou a necessidade da união de forças entre as instituições que trabalham na área de repressão, como a valorização da tecnologia e o emprego da inteligência no combate ao crime organizado.

Paulo Prado assumiu o Gaeco atendendo a um chamamento de seu antecessor no comando do Ministério Público Público Estadual, Marcelo Ferra, em subsituição ao promotor Célio Wilson de Oliveira, que completou seu mandato de dois anos frente ao Gaeco e será designado para a Procuradoria de Execuções Criminais. O procurador Joelson Campos Maciel, que também está no Gaeco há mais de dois anos, deve acompanhar Célio Wilson, e a procuradora Eliane Cícero Maranhão irá para procuradoria-geral adjunta.

O novo coordenador do Gaeco avaliou que o trabalho em conjuntos entre todas as instituições ligadas ao combate ao crime como a única forma de enfraquecer o crime organizado no Estado. Prado garantiu que trabalhará para que isso seja possível em Mato Grosso e que o MP está pronto para iniciar essa missão. "Para isso ser possível, temos que abandonar as nossas vaidades e trabalhar em conjunto em questões macros, como caso dos financiadores do crime organizado", destacou.

Prado defendeu a união dos Ministérios Públicos, Estadual e Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nessa operação. "É possível haver uma colaboração mútua entre as instituições para combater o alimento do crime organizado, que são os tráficos de drogas e de armas. Se todos nos trabalharmos nesse combate, acredito que Mato Grosso possa dar uma lição para o País. Então, colocaremos um fim nesse discurso sindical, quando sempre se discutiu quem fez isso ou aquilo", afirmou.

O procurador ainda fez uma analise de como a população vem sofrendo com os índices de violência, na maioria dos casos, resultante da ação do crime organizado. "A população está farta, estressada e cansada com tanta criminalidade. Cabe a nós, servidores públicos que trabalhamos na área de repressão, acordarmos para isso. Defendo o encontro das informações e estou disposto a sentar à mesa para aprender e unir", afirmou.

Questionado sobre a atuação do Gaeco em outras áreas, Prado reforçou que o grupo só tem autorização para trabalhar no combate ao crime organizado. Todavia, declarou que, muitas vezes, as informações caem de "pára-quedas" para o grupo. "Às vezes, uma informação quente, por confiança no Gaeco, chega até ao grupo; verificamos se atuamos de imediato, ou se passamos para Polícia Civil ou Polícia Militar", disse.

Ele ainda destacou que quando não dá tempo e o fato está acontecendo, o grupo acaba atuando nas questões criminais. "Se com a demorar vai ser perdido o crime, o Gaeco acaba atuando, mas, preferencialmente, temos que agir voltado para o combate ao crime organizado, pois essa é a nossa finalidade", completou.





Fonte: Midia News

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