Abacate pode substituir óleo de soja, segundo estudo
O óleo de abacate possui, em sua composição, substâncias bioativas capazes de prevenir e controlar as dislipidemias - níveis elevados ou anormais de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue - e pode ser utilizado na substituição do óleo de soja, demonstrou um estudo da Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba.
A pesquisa avaliou o potencial do óleo para o consumo humano e os processos de extração e refino da substância para utilização na indústria alimentícia. Os resultados mostraram que os processos de extração e refino do óleo a partir dessa variedade do abacate são tecnicamente viáveis, o que o torna excelente matéria-prima para a indústria de alimentos.
Além disso, os pesquisadores constataram que o óleo de abacate possui um perfil de ácidos graxos e esteróis muito semelhante ao perfil do azeite de oliva, podendo desta forma, substituir o óleo de soja e ser utilizado juntamente com o azeite de oliva nos óleos mistos, oferecendo ao consumidor brasileiro um produto de qualidade superior e com menor custo.
O óleo de abacate, da variedade estudada, é uma boa fonte de vitamina E, pois 30 mililitros (ml) deste óleo atendem a 18% das necessidades diárias de um adulto, valor acima do mínimo para um alimento ser considerado rico ou com alto teor de uma determinada vitamina(15%).
Para executar a pesquisa, separou-se a polpa das outras partes da fruta. A polpa fresca foi seca em estufa e, posteriormente, moída para a obtenção de um farelo. O óleo obtido do farelo foi extraído e caracterizado.
O experimento foi realizado nos laboratórios de Bromatologia e Óleos e Gorduras da Escola de Alimentos e Nurtrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e foram utilizados frutos de abacate da variedade Margarida, provenientes da região de Piracicaba (interior de São Paulo). A pesquisa foi publicada na revista Ciência e Tecnologia de Alimentos.
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