Ampa participa de Seminário Internacional de Boas Práticas de Trabalho

 

Na ocasião, o diretor executivo do IAS, Félix Balaniuc, falou do comprometimento dos associados da AMPA com a promoção do trabalho decente que levou à criação do próprio Instituto Algodão Social em 2005, com a finalidade de orientar os produtores sobre as legislações trabalhista e ambiental. 

 

O objetivo da reunião foi apresentar aos visitantes estrangeiros o Projeto Ação Integrada, realizado em parceria pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MT), o Ministério Público da 23ª Região e várias instituições, entre elas, entidades do setor produtivo, como a AMPA e a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat). 

 

De agosto de 2012 a maio de 2013, a AMPA esteve engajada em mais uma ação do projeto, que contemplou 19 trabalhadores em situação de vulnerabilidade social. Oriundos de vários municípios de Mato Grosso, eles atuavam em diversas atividades no campo e na cidade quando foram selecionados pela SRTE-MT para passar por um processo de qualificação profissional visando à sua reinserção no mercado de trabalho. Essa qualificação aconteceu graças a uma parceria com o Sistema Famato, que, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), ofereceu o curso de Mecanização Agrícola com 850 horas/aula . 

 

Essa ação só foi possível graças ao envolvimento de empresas associadas à AMPA - grupos André Maggi, BDM, Girassol Agrícola e SLC Agrícola - que pagaram um salário mínimo integral aos alunos durante o período do curso e receberam os aprendizes nas fazendas para o treinamento realizado de 25 de março a 5 de maio. Outras empresas - El Tejar, Grupo Pinesso e São Caetano - também se dispuseram a participar do projeto, porém não houve demanda suficiente.

 

Quinze jovens concluíram o curso e receberam o certificado do Senar-MT em 23 de maio e vários deles receberam propostas de emprego das fazenda onde fizeram o treinamento. Até o momento quatro foram contratados pelo Grupo André Maggi e pela SLC Agrícola. 

 

Bons frutos - Na opinião de Marcelo Custódio, gerente de Gestão de Recursos Humanos do Grupo André Maggi, que participou do encontro com os representantes da OIT, o projeto rendeu "bons frutos" e deve ter continuidade. Cláudia Fabiana de Oliveira, 19 anos, que foi uma das beneficiadas do Ação Integrada, também só tem elogios para o projeto. 

 

"Eu faria tudo novamente. Enfrentei a desconfiança dos rapazes do grupo, mas tomei gosto pelas máquinas agrícolas e provei que poderia ser tão boa ou melhor do que eles", comentou a moça em resposta ao questionamento de uma integrante da comitiva da OIT. Graças ao seu desempenho durante o treinamento, Cláudia recebeu uma proposta da SLC Agrícola para continuar trabalhando numa fazenda em Sapezal, mas por ser casada e ter um filho pequeno, ela prefere não se afastar tanto da capital.

 

Outras experiências do projeto Ação Integrada foram apresentadas durante o encontro, que contou com a participação do superintendente regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso, Valdiney Antonio de Arruda, e do procurador chefe da Procuradoria Geral do Trabalho 23ª Região, Thiago Gurjão Alves Ribeiro.