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Cidades/Geral
Sexta - 24 de Abril de 2009 às 17:14

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Representantes dos municípios mato-grossenses incluídos na lista dos desmatadores da Amazônia, estiveram reunidos durante dois dias, em Várzea Grande, para tratar de ações políticas e jurídicas em relação ao decreto do Governo Federal que proibiu o desmatamento na região Norte.

Para os prefeitos, os municípios estão enfrentando dificuldades em função das últimas medidas adotadas pelo Ministério do Meio Ambiente. “Os madeireiros já amargam os prejuízos, começaram a demitir funcionários e fechar as portas, gerando um clima de instabilidade na região.

A prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias Alfonso, afirmou que é necessária uma ação de impacto para que o governo veja o que está se passando nos municípios, e que o próprio governo é culpado pelo desmatamento desordenado na região, “ nós só fomos desbravar o município de Alta Floresta por incentivo do governo, e agora somos punidos pelo mesmo governo que nos colocou na cidade sem nenhum planejamento para o crescimento” explicou a prefeita.

O prefeito de Nova Ubiratã, Osmar Rosseto lembra que desde o ano passado, a prefeitura vinha analisando outras fontes de sustentabilidade para as famílias da região, “ nosso objetivo é criar outras frentes de trabalho, para que não fiquem dependentes da indústria madeireira” concluiu Rosseto.

Altair Peruzzo, prefeito de Juína relatou que são os municípios os que mais sofrem com a demora em iniciar os programas propostos pelo Governo Federal, pois desde que foi deflagrada a operação Arca de Fogo até agora nada de concreto foi realizado, e este já é o terceiro encontro, “ sem recursos, e sem o aporte necessário para oferecer perspectivas de dias melhores, quem sofre com tudo isto é o trabalhador que ficou desempregado, e os pequenos produtores rurais que não conseguem a licença ambiental”, disse o prefeito

Os prefeitos que participaram do encontro reclamam da demora em iniciar ações concretas para diminuir os impactos

O encontro em Várzea Grande

As palestras foram proferidas pelos técnicos da Embrapa, do Governo Federal com o objetivo de definir estratégias participativas para acelerar e aprimorar o desenvolvimento Agro florestal, principalmente no âmbito da agricultura familiar, dando prioridade a critérios e diretrizes que devem governar as políticas públicas e as estratégias de apoio financeiro aos municípios da região da Amazônia

Operação Arco Verde

A chamada Operação Arco Verde, que vai atender demandas nos 36 municípios apontados como os que se encontram em estágio crítico em matéria de desmatamento, é um complemento ao Plano Amazônia Sustentável (PAS).

A Arco Verde procurará trazer as atividade agropecuárias e florestais da região para a legalidade. Uma das ações previstas na operação é uma linha de crédito voltada para a recuperação ambiental de imóveis rurais. Essa linha terá prazo de carência de até 12 anos, com prazo total de pagamento de até 20 anos. A taxa de juros passa para 4% para projetos florestais (reflorestamento e manejo) no âmbito dos fundos constitucionais.





Fonte: É Noticia MT

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