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Economia
Quinta - 23 de Abril de 2009 às 17:34
Por: Alexandro Martello

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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de abril, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a falta de confiança do empresariado brasileiro ainda persiste, apesar de ter melhorado frente ao patamar de janeiro deste ano. O documento é divulgado trimestralmente.

Em abril, segundo a CNI, o ICEI atingiu o patamar de 49,4 pontos, o que representa um aumento (melhora) de dois pontos frente ao nível de janeiro deste ano, quando estava em 47,4 pontos - o menor nível desde 1999. Mesmo com a melhora, ainda está abaixo de 50 pontos, o que, segundo a CNI, "denota falta de confiança dos empresários". Índices abaixo de 50 pontos não eram registrados desde outubro de 2002. Em abril do ano passado, por exemplo, o ICEI estava 62 pontos.

A pesquisa, que deu origem ao Índice de Confiança da CNI, foi realizada com 1.259 empresas, sendo 187 empresas de grande porte, 366 de médio porte e 706 de pequeno porte, entre os dias 1º e 23 de abril deste ano.

Pequenas empresas são mais pessimistas

Apesar da melhora do índice como um todo, a CNI informa que as pequenas empresas continuaram a mostrar perda de confiança. O índice das pequenas empresas recuou 2,7 pontos na comparação com janeiro, quando estava em 49,5 pontos, para 46,8 pontos em abril deste ano. Com isso, chegou ao menor nível desde julho de 2002.

Já os índices das médias e grandes empresas, por sua vez, aumentaram na comparação com janeiro, informou a CNI. Contudo, somente os empresários das grandes empresas registraram confiança em abril, ou seja, indicadores acima de 50 pontos. O índice desse grupo de empresas situou-se em 51,8 pontos, enquanto o índice das médias empresas ficou em 48,8 pontos.

"O aumento na confiança das grandes empresas poderá, no futuro, afetar positivamente a confiança de pequenas e médias empresas. Não obstante, as perspectivas dessas empresas seguem negativas, de forma que se espera a manutenção da tendência de desaceleração do ritmo da atividade industrial", avaliou a CNI.

Setores

Segundo a entidade, 10 dos 27 setores da indústria de transformação, que foram objeto da pesquisa, apresentam índices abaixo de 50 pontos - o que demonstra pessimismo. Entre os setores com menor confiança destacam-se Álcool (33,3 pontos) e Madeira (42,2 pontos). Veículos Automotores foi o setor que registrou o maior aumento em sua confiança (+5,6 pontos na comparação com janeiro), seguido por Papel e Celulose (+5,2 pontos) e Máquinas e Materiais Elétricos (+5,0 pontos). Ainda assim, informou a CNI, todos estes setores apresentam índices inferiores a 50 pontos.

Situação atual e futuro

A entidade informou ainda que o crescimento no ICEI, de janeiro para abril deste ano, deve-se à melhora nas perspectivas dos empresários para os próximos seis meses. "O aumento do indicador só não foi maior devido à piora no sentimento com relação à situação atual dos negócios. O indicador de condições atuais recuou de 36,0 para 33,2 pontos, atingindo o menor valor em 10 anos", informou a CNI.

O índice de expectativas, por outro lado, registrou crescimento de 4,5 pontos na comparação com janeiro, atingindo 57,6 pontos - já acima da barreira dos 50 pontos, o que indica otimismo do empresariado. Entretanto, ainda está 7,6 pontos abaixo do valor apurado em abril do ano passado (50 pontos).

O empresário industrial voltou a registrar otimismo (índice de 52,3 pontos) com relação à economia brasileira e aumentou o otimismo com relação a sua empresa (índice de 60 pontos), segundo a CNI. Porém, os indicadores encontram-se, respectivamente, 8 e 7,8 pontos abaixo dos índices de abril de 2008, informou.





Fonte: G1

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