Governo quer trocar geladeiras velhas por modelo de R$ 500
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira que o programa do governo para estimular a troca de geladeiras antigas e poluentes por eletrodomésticos novos deve entrar em vigor em no máximo três meses. A idéia do governo é garantir redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para facilitar a troca e, por meio de uma parceria com fabricantes, produzir um modelo de cerca de R$ 500.
"Além dessas que tiveram o IPI reduzido, nós vamos implantar um grande programa das geladeiras que será permanente para troca de geladeiras. Ou seja, as pessoas trocaram sua geladeira velha, poluidora e gastadora por geladeiras novas que não poluem o meio ambiente", disse o ministro.
"(Os fabricantes) farão uma redução nos seus custos. Se trata de uma venda intensiva e eles vão fabricar um modelo especial de boa qualidade, de excelente qualidade, porém de custo baixo. Quando você centraliza a produção em determinado produto a tendência é abaixar o custo. Não temos isso (o novo preço) absolutamente quantificado, mas ficará bem mais barato", completou.
Pelos estudos do governo, existe a possibilidade de os detalhes finais da proposta poderem ser concluídos em um período que varia de 15 dias a um mês. Outros setores do governo avaliam que a melhor hora para anunciar as medidas de estímulo seria quando acabasse a vigência, anunciada na última semana, da atual redução de IPI para eletrodomésticos da linha branca. Com isso, o prazo de início do programa seria de cerca de três meses.
A logística para as trocas de geladeiras incluirá o compromisso dos revendedores de recolher os aparelhos velhos, com mais de dez anos de uso, e os vender para empresas que retiram os gases poluentes e essas, por sua vez, repassam a carcaça para usinas de reaproveitamento.
"Há uma estratégia já montada para essa situação. Os próprios revendedores farão esse trabalho, trarão as geladeiras antigas que serão vendidas a uma empresa especializada que vai recolher o gás poluente. Em seguida, elas serão vendidas também para uma usina que pode ser a Gerdau ou qualquer outra".
O governo arcará com os custos do transporte que as empresas terão para recolher as geladeiras velhas. A estimativa é que sejam necessários R$ 100 milhões por ano, sendo que as metas de retirada dos velhos eletrodomésticos prevêem um milhão de unidades no primeiro ano do projeto e dois milhões no segundo ano.
"Se pudermos recolher mais de um milhão no primeiro ano recolheremos. O critério não é para restringir é para ampliar. A capacidade da indústria está em jogo, a capacidade de logística para recolher as geladeiras antigas substituindo por novas e assim por diante. O fato é que não há restrição.
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