Reitora da UFMT se diz favorável ao fim do vestibular
Nem todos concordam com a mudança. Alguns educadores acreditam que questões regionais, que enfocam a geografia, historia e literatura, vão ser ignorados pelo Enem, que tendem a priorizar temas nacionais e com prioridades aos grandes centros do país.
Maria Lúcia abre este mês um debate sobre o novo Enem. Segunda mulher a comandar a UFMT, ela reforça a tese de que o fim do vestibular "terá grande valia para o ensino médio". "Do ponto de vista pedagógico, será um reflexo positivo para a educação no ensino médio". Outro vantagem apontada pela reitora é quanto à mobilidade dos discentes, que poderão optar por mais de um curso. "Os estudantes poderão estudar em outro Estado ou cidade, situação que não acontece atualmente devido à renda destes estudantes", explica. Ela afirma que já conversei com todos os diretores da universidade e asseguram que eles são favoráveis à mudança. A União pretende que o Enem seja a forma de seleção de calouros de todas as universidades federais. O exame passará de 63 para 200 testes e cobrará mais conteúdo.
Nesta quarta (22), Maria Lúcia se reúne com o Conselho de Ensino e Pesquisa (Consep) e também com os coordenadores de cada curso da universidade. "Quero deixar claro que, mesmo a reitora sendo favorável à mudança, toda a universidade terá seu direito a opinar. A UFMT está num momento de discussão sobre o assunto". A data de início do novo modelo ainda não foi definida, mas desde o anúncio da possível mudança, cerca de 38 universidades já se manifestaram a favor.
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