Senador chora e nega denúncias de ex-funcionário a jornal
O senador Gerson Camata (PMDB-ES) disse que as acusações feitas pelo ex-funcionário Marcos Vinícius Moreira Andrade ao jornal O Globo foram uma "injustiça cruel". Camata chegou a chorar durante seu pronunciamento na tarde desta segunda-feira. A informação é da Agência Senado.
Andrade foi o responsável pelas finanças de Camata - inclusive durante as campanhas eleitorais - durante 19 anos e contou as supostas ilegalidades que presenciou no período. O economista apontou irregularidades na prestação de contas de campanha, em um suposto acordo para cobrança de pedágio na ponte que liga Vitória a Vila Velha e no pagamento de suas contas pessoas com o salário do próprio Andrade.
"Quem abre a investigação, quem pede a investigação sou eu, que fui atingido na minha honra e que tenho certeza da minha inocência. E quero defender a minha honra em nome dos meus filhos, em nome da minha mulher, em nome dos meus eleitores, em nome dos meus amigos e em nome desta Casa da qual eu faço parte, com satisfação e orgulho, há 22 anos", afirmou o senador.
O engenheiro Sílvio Peixoto, que trabalhava na empreiteira Odebrecht, foi um dos citados nas denúncias de Andrade. Segundo ele, Camata teria recebido US$ 5 mil dólares de propina em um envelope. "Eu não posso ter o testemunho dele de que isso é uma mentira porque ele está morto. Até essa crueldade se fez", disse Camata sobre o engenheiro.
O senador ainda apresentou as contas prestadas à Justiça Eleitoral e negou ter pego um empréstimo de US$ 200 mil com Paulo Maluf (PP-SP) para pagar R$ 30 mil ao empresário Nilo Martins. Camata tinha declarações dos dois assinadas confirmando sua versão. "Era fácil o repórter ter verificado isso. Era só perguntar: senhor, algum dia o senador devolveu alguma coisa ao senhor?", afirmou. "Ele ia dizer na hora que não."
O parlamentar disse ainda que ira lutar por sua dignidade e honra sem desanimar.
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