Processo que afastou Protógenes se baseia em vídeo
O delegado Protógenes Queiroz foi afastado de suas funções na Polícia Federal até o fim do processo disciplinar interno que investiga se ele usou o cargo para tirar proveito político ao participar de um comício em Poços de Caldas (MG). Segundo o blog do Josias, o processo se baseia em um vídeo feito para a campanha de um candidato na cidade em 2008.
A PF proíbe a participação de agentes em atos políticos. O blog cita que o delegado "limitou-se a gravar o vídeo" de apoio ao candidato Paulo Tadeu Silva D'Arcádia (PT-MG), candidato derrotado na cidade mineira.
A polícia alega também que que Protógenes teria falado em nome da PF. "Ele falou como delegado da Polícia Federal. Pode ter confundido o eleitor, mas é exagero dizer que falou em nome da PF", explica Josias de Souza.
Reportagem da Folha informa que o processo contra Protógenes pode resultar na demissão do delegado se, ao final das investigações, ficar comprovado que ele infringiu as normas da PF ao falar pela instituição.
O delegado nega que tenha falado em nome da instituição durante o comício em Poços de Caldas e ameaça recorrer à Justiça caso seja demitido pela PF no final do processo.
Curiosamente, ignora-se que Protógenes tomou parte também da campanha de Luciana Genro (PSOL-RS), que concorreu à prefeitura de Porto Alegre (RS).
Diz o delegado no vídeo: "Nesse trabalho no combate contra a corrupção, estou com a Luciana Genro para ela sair dessa campanha com sucesso. E engrossarmos as fileiras no combate à corrupção no país, com toda a população, em especial ao povo gaúcho."
Protógenes já responde a um processo disciplinar na Polícia Federal por suspeitas de vazamento de informações da Operação Satiagraha --que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, o ex-prefeito Celso Pitta (SP) e o megainvestidor Naji Nahas por suspeita de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Comentários