Som de carros, em volume excessivo, espanta pássaros na Salgadeira
Um dos fatores que ajudam a entender um pouco os riscos ambientais no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães pode ser medido no Terminal Turístico da Salgadeira, um dos pontos mais visitados da rodovia que liga Cuiabá a cidade serrana. À noite, o local é costumeiramente freqüentado por uma tribo, formada basicamente de jovens, que costumam deixar o som do carro a pleno. “Isso incomoda não apenas os humanos, mas principalmente a natureza” - denuncia José Carlos Basan, o “Pardal”, administrador do local.
Esse é um problema constante no lugar, diz Pardal, e torce para que os amigos do barulho se conscientizem do desequilíbrio ambiental que causam. Ele relata que esse comportamento traz transtornos ao meio ambiente, impacto que afugenta animais de pequeno e grande porte. “As aves, especialmente o João de Barro, abandonam os ninhos prontos à procura de um lugar tranqüilo” – explica.
“Já o lixo, que antes era um problema caótico, hoje é recolhido pelas pessoas. As crianças, também temos presenciado, ensinam os adultos sobre os procedimentos a serem adotados para que o lixo não contamine a natureza. Assim, a conscientização sobre o lixo parece ter prevalecido. Falta reduzir o volume do som dos carros” - pediu
No próximo dia 20 de abril o Terminal da Salgadeira vai sediar um curso a cargo dos técnicos integrantes do ‘Águia Uno’, de Brasília-DF, sobre Resgate em Ribanceiras e Áreas de Risco. “É interessante que todos participem, pois o resgate em condições adversas, em tais lugares, é complexo e exige técnica apurada. Alguns casos que enfrentamos serviram de experiência para melhoria das condições de trabalho em situações do tipo” – conclama.
Com João Carlos Queiroz
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